segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Evolucionismo tenta abafar debate científico sério (3)

continuação do post anterior

Cascata de conjeturas inverificáveis

Os discípulos de Darwin tentaram dar embasamento científico a essa acumulação de “obscuridades confusas do passado”, onde Darwin dizia ler com tanta facilidade.

Eles até acrescentaram que, na origem, houve uma célula que teria aparecido há quatro bilhões de anos, batizada de LUCA (Last universal common ancestor, ou derradeiro ancestral comum universal).(5)



Mas de onde saiu LUCA? De uma “competição darwiniana” entre células que se eliminaram umas às outras, diz Patrick Forterre, da Sorbonne-Paris XI. E acrescenta que LUCA ter-se-ia dotado de DNA ao ser fecundada por um vírus.

De onde saíram esse vírus, a pré-LUCA e outras células engajadas na “competição darwiniana”?

Aqui entram mais duas conjeturas dos discípulos.

Segundo uma, um meteorito teria trazido as primeiras moléculas vivas à Terra.

De acordo com outra, teriam aparecido há bilhões de anos em um “oásis de vida”, perto de fontes hidrotermais, em profundezas oceânicas de milhares de metros.

Lá existem escapamentos de lava vulcânica que provocam altas temperaturas e concentrações salinas. As tentativas de reproduzir em laboratório esses hipotéticos caldos de cultura deram em nada.

Precavenha-se o leigo em achar que isso parece um “conto da carochinha”!

A confraria darwiniana logo o condenará em coro, como execrável “criacionista”, “fundamentalista cristão”, “retardatário” e outros qualificativos, tão depreciativos quanto gratuitos.

Recusa do sério debate científico

Muitos cientistas, porém, apontam incongruências e impossibilidades científicas na montagem evolucionista.

Apóiam-se em numerosos estudos nos mais variados campos das ciências naturais, e sustentam que o estudo sério e metódico dos seres vivos e da estrutura do universo postula a existência de um “plano inteligente” (“intelligent design”, em inglês), que preside a aparição dos seres vivos e a ordenação dos seres.

Veja vídeo
O que é “Intelligent Design”?
  prof. Paul Nelson, Mackenzie-SP

Nas ciências, é freqüente haver correntes que desafiam o consenso dominante. As oposições que assim nascem são tidas como estímulo para testar as teses geralmente aceitas e depurá-las.

Porém, o establishment evolucionista move implacável campanha de desqualificação, banindo de congressos e publicações científicas os cientistas que defendem o intelligent design.

Exemplo paradigmático disso foi a Conferência Internacional Biological Evolution, Facts and Theories, promovida neste ano pela Universidade Gregoriana de Roma, um dos máximos centros de ensino católico na capital da Cristandade.

Participaram na Conferência — que não engajava a autoridade da Santa Sé — eminências do evolucionismo, das mais militantemente atéias e anticristãs, como Richard Dawkins. Mas nenhum defensor do “intelligent design” foi admitido, embora essa corrente aceite certo evolucionismo.(6)

O evolucionismo não responde aos argumentos científicos do “intelligent design”, apenas os menospreza como “forma mais moderna de criacionismo”.

Contudo, o “intelligent design”, que não se identifica com o criacionismo católico, parece prestar-se a um entendimento com o conjunto das ciências, e talvez com a boa teologia.

Evolucionismo perde base na opinião pública, por isso radicaliza

A cada dia o evolucionismo perde adeptos. O otimismo do século XIX pelo progresso indefinido feneceu, e a medula anticristã do darwinismo tornou-se cada vez mais aparente.

“Muitos só queriam ver na teoria de Darwin o braço armado do ateísmo”, explica o filósofo das ciências Thomas Lepelthier, da Universidade de Oxford. “Esta dimensão anti-religiosa fez do darwinismo um assunto de polêmica perpétua”.(7)

Nesta polêmica, largos setores da opinião pública engrossaram as fileiras do criacionismo. Nos EUA houve históricos processos judiciais que acabaram na Suprema Corte de Justiça.

Versavam sobre o ensino nas escolas do criacionismo, nas suas várias formas bíblicas e científicas.

Em geral, o criacionismo foi defendido numa ótica protestante, sem a sabedoria da Igreja Católica para interpretar o relato bíblico da criação e delimitar os campos específicos das ciências naturais e da teologia. Isto facilitou a tarefa dos advogados do evolucionismo.

Porém, ao longo dessa polêmica patenteou-se que o darwinismo não exibia argumentos persuasivos, e cresceu a idéia de que, não podendo convencer, recorria a instâncias judiciárias para impor o ensino de suas teorizações.

Veja vídeo
Evolucionismo: falhas apontadas 1,
prof. Paul Nelson, na Mackenzie-SP
Veja vídeo
Evolucionismo: falhas apontadas 2
prof. Paul Nelson, na Mackenzie-SP
As aulas em que se ensinava o evolucionismo viraram um pesadelo para os professores, satirizados pelos alunos e criticados pelos pais de família.

Perdendo a batalha da opinião pública, os acólitos do evolucionismo partiram para maior agressividade.

O berreiro anticriacionista — com o apoio quase unânime do macro-capitalismo publicitário — atingiu um clímax neste ano de 2009, em que comemoram simultaneamente o segundo centenário do nascimento de Darwin e o 150º aniversário da publicação de sua obra fundamental, A Origem das Espécies.


Fontes bibliográficas no último post da série

Continua no próximo post

(Fonte: Catolicismo nº 704, Ano LIX, setembro 2009).

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