Estátua de Ramsés II no Templo de Luxor |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Há mais de 3.000 anos, o profeta Moisés enfrentou ao todo-poderoso faraó do Egito para obter a libertação do povo judeu da escravidão com que o oprimia.
Mas quem foi esse faraó? O livro do Êxodo não nos diz seu nome e os cientistas disputam em certa medida quem poderia ter sido.
A opinião predominante na ciência histórica é que tudo leva a crer esse faraó foi Ramsés II, também referido como Ramsés II, que reinou entre aproximadamente 1279 a.C. e 1213 a.C., o segundo mais longo do Antigo Egito que marcou o auge final do poder militar do reino dos faraós.
Ele foi o mais poderoso do Antigo Egito, e era servido – ou enfeitiçado – por sacerdotes bruxos. Esses, na disputa contra Moisés, fizeram prodígios preternaturais só atribuíveis ao rei dos infernos, Lúcifer.
Para remover a resistência do monarca absoluto, Moisés enviou as dez pragas bíblicas que o constrangeram a deixar sair os israelitas de escravidão para o êxodo rumo à Terra Prometida.
O reinado de Ramsés II foi o mais longo e prestigioso da história dos faraós, marcado por construções colossais cujas ruínas causam admiração até hoje. Os hebreus teriam trabalhado como escravos para construir templos e cidades a serviço do faraó.
Moisés e Arão enfrentam o Faraó, Gustave Doré (1832 — 1883) |
E ainda outros propõem que o faraó opressor mencionado em Êxodo (1: 2–2: 23) foi Seti I (r. 1290–1279 a.C.), e o faraó durante o Êxodo foi Ramsés II (r. 1279–1213 a.C.).
Moisés, o instrumento de Deus para libertar os hebreus, pertencia a tribo de Levi e teria vivido 120 anos, mais precisamente entre 1391–1271 a.C. Mais ainda a este respeito há diversas opiniões.
Nesta matéria que requer muita prudência, as melhores e mais acatadas opiniões se inclinam a achar que foi Ramsés II, de prolongado reinado.
Ramsés II, espada de bronze com seu selo (Courtesy of Egyptian Ministry of Tourism and Antiquities) |
O espantoso é que sob camadas de ferrugem e sujeira acumuladas ao longo de milhares de anos, a espada não perdeu seu brilho. Assim nessa folha de bronze brilhante ainda é visível o emblema pessoal do faraó.
“É uma descoberta verdadeiramente surpreendente”, disse Elizabeth Frood, egiptóloga da Universidade de Oxford, que não esteve envolvida na escavação.
Pela coincidência das datas, a descoberta veio reforçar indiretamente a suposição de ter sido ele o faraó increpado por Moisés,.
A descoberta da arma foi feita por arqueólogos do Ministério de Antiguidades do Egito num esconderijo de antigos tesouros egípcios escavados no antigo forte militar de Tell Al-Abqain, uma cabana de barro no Delta do Nilo.
Segundo o Ministério, o forte foi um posto avançado crucial para proteger as fronteiras noroeste do Antigo Egito na era do Novo Império, período áureo daquela civilização infestado de demonismo e conhecido até hoje pela sua arquitetura monumental.
Segundo a egiptóloga Frood, o fato de a espada ter sido descoberta em um ambiente de trabalho, e não dentro de uma tumba, torna a descoberta incomum.
“O fato de um objeto ter a cartela de Ramsés II sugere que ele pertencia a alguém de posição relativamente elevada”, diz o arqueólogo. “Ser capaz de exibir tal objeto, mesmo que ele estivesse embainhado, era um sinal de status e prestígio”.
No local, os arqueólogos também encontraram um delineador de marfim para aplicar Kohl, cosmético usado por homens e mulheres para afastar dos olhos os insetos que espalhavam doenças que cegavam. Também acharam escaravelhos cerimoniais, para uso em rituais diários dos antigos soldados de Ramsés II, e incluindo dois colares e metade de um anel de latão.
Aiman Ashmawy, arqueólogo do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito e membro da equipe que participou na escavação, refere que no forte havia grandes potes para guardar alimentos com restos de peixes e ossos de animais além de fornos cilíndricos de cerâmica para cozinhar, sugerindo que no local funcionava alguma cantina.
Sitio arqueológico onde foi achada a espada |
O secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, Mohamed Ismail Khaled, disse que o forte militar formava parte de um anel de “unidades defensivas da fronteira ocidental do Egito, e eram utilizadas como bases para operações militares contra grupos de líbios”.
Os antigos egípcios deixaram inscrições vívidas detalhando os seus ferozes confrontos com esse povo fronteiriço que os atacou repetidas vezes.
A espada pode ter sido de uso militar ou tal vez cerimonial, uso ao qual os egípcios davam muita importância por sua inclinação a uma religião altamente simbólica dos poderes infernais.
A curiosidade do achado arqueológico ressalta na nossa época em que a Igreja Católica e o catolicismo em geral gemem sob a infiltração despótica da fumaça de Satanás nos ambientes mais sagrados e mais categorizados.
O faraó que escravizava o povo eleito foi uma prefigura da Revolução comuno-progressista que também escraviza moralmente aos católicos.
A aparição da lâmina daquele opressor do Antigo Testamento na nossa época que tem fortes traços de analogia com aquela, nos faz pensar na vinda de alguém enviado por Deus como um novo Moisés para nos tirar da extrema aflição.
Moisés e Arão ante o Faraó, William Brassey Hole (1846 – 1917) |
Ele considerava que ante a penetração de Satanás e de sua “estirpe humana de Judas” inclusive nas mais altas esferas da Igreja, impunha que Deus enviasse à Terra um amado filho seu dotado de poderes especiais para derrotar a tirania universal do demônio e de seus servidores humanos.
O Beato Palau aspirava pela vinda do profeta Elias como está anunciada no Novo Testamento.
Porém, reconhecia que poderia ser um outro escolhido, com outro nome, mas que realizaria a “missão de Elias” e tiraria a Igreja da opressão diabólica em que está.
Para distingui-lo ele criou um perfil que denominou “Moisés da Lei da Graça” dizendo que aquele que se encaixe nesse perfil, será o enviado ainda que tenha outro nome.
O achado da espada do faraó nos convida a reflexões do gênero.