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O Livro do Apocalipse ensina que no Fim do Mundo haverá uma batalha conclusiva entre os bons e os maus, num vale denominado Armagedom. Esse ficaria na Galileia no norte de Israel.
Há muito, arqueólogos e cientistas tentam identificar qual seria o sitio exato desse futurible evento. A palavra “Armagedom” provem na língua hebraica do nome “Har Megido”, que significa “monte de Megido”.
O Livro do Apocalipse descreve Megido como o lugar onde os reis de toda a terra se reunirão para uma guerra que será o prelúdio do grande dia de ira de Deus. Dia em que o Criador encerrará a História e pronunciará o Juízo Final.
O nome Armagedom nos dias presentes tem sido associado a uma catástrofe mundial ou a uma guerra nuclear global, ou a uma desastre universal do gênero.
A identificação do local de Megido não prova a realização futura, mas se compreende que um fato profético tão espetacular acontecesse num local com antecedentes históricos prefigurativos.
Local das escavações de Megido
Esses antecedentes contribuiriam também à compreensão do marco geográfico do gigantesco e derradeiro combate universal anunciado por São João Evangelista no livro que encerra a Bíblia.
Agora bem, Megido foi habitado por cerca de 6 mil anos num período que inicia por volta de 7 mil a.C.. Nele, aconteceram prélios bélicos que inspiraram a aplicação do nome “Armagedom” a toda descrição de uma guerra de dimensões universais ou quase tanto.
Dito lugar mencionado tanto no Novo Testamento quanto em documentos do antigo Oriente Próximo é hoje mencionado como Tel Megido, em que “Tel” é o nome aplicado pela arqueologia a uma jazida de restos antigos.
E, nos últimos cem anos, diversas expedições escavaram sem sucesso o sítio suposto do acontecimento bíblico.
Porém, agora arqueólogos israelenses encontraram vestígios significativos na tecnicamente denominada Área X, do século VII a.C., incluindo um edifício que pode ter servido como quartel militar egípcio.
Assim, os arqueólogos descobriram a primeira evidência física de um gigantesco evento que prefigurou a batalha épica vindoura descrita na Bíblia.
Um conjunto de cerâmica egípcia inédita do século VII a.C. sugere a presença de um destacamento militar na época em que, os livros de Reis e Crônicas narram que o rei Josias de Judá enfrentou o faraó Neco II.
O rei Josias limpando a terra de ídolos. William Brassey Hole (1846 – 1917).
O Livro dos Reis descreve Josias como um rei justo que tentou restaurar a fé em Israel destruindo os falsos templos e altares erigidos por seus antepassados prevaricadores:
“Josias destruiu todos os santuários dos lugares altos que se encontravam nas cidades de Samaria e que os reis de Israel tinham edificado, para grande cólera do Senhor”. (II Reis 23, 19)
“Josias acabou também com os necromantes, os adivinhos, os terafins [N.T.: objetos de culto, possivelmente ídolos ou deuses domésticos], os ídolos e as abominações que se viam na terra de Judá e em Jerusalém, pois queria obedecer às prescrições da lei tais quais figuravam no livro que o sacerdote Helcias descobriu no Templo do Senhor”. (II Reis 23, 25)
“Josias fez, desse modo, desaparecer as abominações de toda a terra dos israelitas e impôs a todos que lá se encontravam que servissem o Senhor, seu Deus. Enquanto ele viveu, não se afastaram do Senhor, o Deus de seus pais”. (II Crônicas 34, 33)
“Não houve jamais, antes de Josias, um rei que se convertesse como ele ao Senhor, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todas as suas forças, seguindo em tudo a Lei de Moisés; nem depois dele houve outro semelhante”. (II Reis 23, 25)
Representação da Josias renovando a aliança com o Senhor e purificando Judá
Porém ele foi morto pelo farão egípcio Neco II na batalha de Megido geralmente suposta em 609 a.C..
A cerâmica agora recuperada confirma os fatos relatados pela Bíblia. A fabricação rudimentar e sem adornos das peças encontradas, indicam se tratar de suprimentos para um exército estrangeiro.
Também, fragmentos de cerâmica grega ali descobertos apoiam a menção de fontes assírias e gregas da presença de mercenários lídios engajados no combate do lado das forças egípcias.
Compreende-se então que ao longo dos milênios Megido tenha sido associada à profecia do Armagedom, anunciada no Apocalipse, no Novo Testamento.
As façanhas de Josias são de molde a prefigurar o lado do bem na batalha final entre as forças do bem e do mal, durante a qual o mal que parece levar a melhor é esmagado pela intervenção divina.
As investigações arqueológicas em Megido prometem obter novas evidências que confirmem a ligação entre aquela prefigura dos eventos que serão o auge definitivo do Fim do Mundo.
Batalha de Megido, William Barnes
Mais uma vez, as Escrituras são confirmadas pela ciência. Porém, desta vez, a ciência fornece fundamento a um fato futuro de natureza profética!
Fato no qual o católico acredita com Fé teológica, por estar incluído na Revelação, mas ainda não verificado na História da Salvação.
Em 1148 nascia em Chiusdino, uma vila na província de Siena, Galgano Guidotti, filho de um nobre senhor feudal.
Quando jovem, ele se mostrou um cavaleiro implacável, entregue a uma vida de devassidão, arrogância, egoísmo e violência.
Até que, em 1180, o Arcanjo São Miguel lhe apareceu e pediu que contemplasse o cume de uma colina.
Galgano viu então Jesus e Maria em pé, no interior de um templo, cercados pelos 12 Apóstolos. A presença do próprio Deus parecia envolvê-los.
Atônito, o jovem sentiu uma força invisível empurrando-o em direção ao cume do Monte Montesiepi.
San Galgano Guidotti, Pietro di Giovanni d'Ambrogio, 'Il Sassetta' (1410–1449)
Ao chegar lá, a visão se desvaneceu e uma voz, identificada com o Arcanjo São Miguel, se dirigiu a ele novamente, dizendo: “Renuncia a todos os bens e prazeres terrenos”.
Diante desse pedido radical, Galgano se mostrou cético. O príncipe dos Arcanjos lhe fez sentir que ele tinha toda uma vida de pecado incompatível com a nobreza, pelo que ele devia expiar com penitência.
Galgano respondeu que mudar de vida ser-lhe-ia tão difícil como atravessar uma pedra com sua espada.
E para dar força ao que acabava de dizer, sacou sua espada da bainha e a cravou numa pedra próxima.
Mas eis que, em vez de a lâmina se quebrar, afundou até o cabo na rocha como se fosse manteiga...
O cavaleiro ficou tão comovido que jurou colocar uma cruz no local da aparição do Arcanjo.
De fato, o gládio afundara tanto, que só ficou sobressaindo a empunhadura, formando uma cruz.
Ele caiu de joelhos, entregou-se a Deus, renunciou a seus títulos e posses, e se retirou para uma caverna no topo do Montesiepi.
Depois construiu uma cabana ao lado da espada cravada na pedra.
Ali, pelo resto de sua curta vida, se converteu num santo ermitão dedicado a Deus e às visões que testemunhou, não sem causar espanto a seus entes queridos.
Morreu um ano depois, em 3 de dezembro de 1181, aos 33 anos.
Em 1185, pouco depois da morte de Galgano Guidotti, o Papa Lúcio III declarou-o santo.
Para preservar a espada, a Igreja construiu ao redor dela uma Capela de forma circular, que se tornou local de peregrinação, onde viajantes, peregrinos e curiosos afluíam em massa para contemplar a espada milagrosamente cravada na pedra.
Prodigioso fato confirmado
Capela de Montesiepi
O gládio continua no local para ser visto e venerado por quem quiser. Porém, em nossa época revolucionária, aumentaram não os crentes, mas os céticos, que põem em dúvida fato tão maravilhoso.
Então, em 2001, padres da Capela Montesiepi solicitaram a cientistas da Universidade de Pavia estudar o prodígio, visando confirmar ou não os rumores de que não passava de uma lenda ou crendice medieval.
Foi escolhido para essa tarefa o químico Luigi Garlaschelli, “investigador do oculto”, que se destacou espalhando palhaçadas a respeito do Santo Sudário de Turim, até ser desmentido por cientistas sérios.
Primeiramente Garlaschelli descobriu, para seu espanto, que o estilo da espada correspondia àquelas feitas no final do século XII, época do milagre, fato confirmado pela datação por carbono.
Portanto, a espada não é uma falsificação nem uma réplica moderna.
Para espanto ainda maior, verificou que várias pessoas já tinham tentado retirar a espada da pedra.
Na década de 1960, um homem havia conseguido puxar parte da espada, e em 1991 outro homem fez o mesmo.
Após essas tentativas, os sacerdotes prenderam a espada com concreto ou chumbo, para garantir que o gládio não fosse quebrado.
Isso levou algumas pessoas a acreditarem que não era mais a mesma espada original e que alguém a havia substituído por uma falsa, ou que a metade inferior da espada não existia.
Mas quando o químico Garlaschelli removeu a metade superior da espada, a linha de quebra se encaixou perfeitamente, e a metade inferior da lâmina permaneceu na rocha.
Radar geológico ratifica o prodígio
A pedra com a espada no centro da capela
Graças aos documentos oficiais vaticanos de canonização de São Galgano, bem como a uma série de biografias escritas por autores posteriores, a historicidade do santo está muito mais bem atestada do que a de muitas figuras históricas.
Muitos relatos contemporâneos da vida do nobre cavaleiro evocam sua vida virtuosa após a conversão e as inumeráveis graças obtidas por sua intercessão após a morte.
Cientistas da Universidade de Pavia constataram com um radar geológico que a espada estava de fato profundamente cravada na rocha e que a lâmina havia penetrado sem se quebrar.
Não puderam explicar como isso foi possível. O radar também permitiu identificar uma cavidade sob a rocha, suficiente grande para ser um túmulo, possivelmente contendo os restos mortais de São Galgano.
Os moradores acreditavam desde remotos séculos que o corpo do santo está enterrado perto da pedra, mas ninguém sabe exatamente onde.
Segundo a tradição, lobos defenderam São Galgano, já eremita, devorando um ladrão que queria roubar a espada.
As mãos do bandido ficaram exibidas na capela como um aviso a potenciais ladrões.
Até hoje se exibem, na capela de Montesiepi, as duas mãos mumificadas.
Com base na datação por carbono, determinou-se que ambas também datam do século XII.
Entre muitos outros exemplos da transmissão da narração do Dilúvio em povos muito antigos se pode citar o mito caldeu que evoca Noé com o nome de Utnapishtim (“ele encontrou a vida”, ou “muitíssimo sábio”).
Segundo essa lenda Utnapishtim teria sido um rei da antiga cidade de Shuruppak, no sul do Iraque.
Essa figura faz pensar em Noé que sobreviveu ao Dilúvio construindo e ocupando um barco descrito no mito do dilúvio de Gilgamesh. Cfr. Wikipedia, “Utnapistim”.
Ele é chamado por nomes diferentes: Ziusudra (“Vida de longos dias”), Shuruppak (em homenagem à sua cidade), Atra-hasis (“extremamente sábio”) nas primeiras fontes acadianas, e Uta-napishtim em fontes acadianas posteriores, como a Epopeia de Gilgamesh.
A Epopeia de Gilgamesh e o relato mais antiga da história da humanidade, respeitada malgrado seus aspectos lendários
A Acádia é mencionada no Génesis (10:10) como sendo uma das cidades principais no nível de Babel, do império de Ninrode o fautor da Torre de Babel.
Levado pelo orgulho e a vontade de “ser como Deus” Ninrode que dizia ser filho de uma virgem, levou a humanidade então toda unida a construir a Torre de Babel:
“Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo topo toque nos céus, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face de toda a terra.” (Gênesis 11:4).
Na língua acadiana Babel significaria “Portão de Deus”, mas para os hebreus desde antigo era sinônimo de “confusão” ou “caos”, pois Deus castigou seu orgulho com o contrário do que pretendiam, dispersando-os pela terra com suas línguas confundidas.
O Império Acadiano incluiu os sumérios e atingiu seu ápice entre os séculos XXIV e XXII a.C., e na sua decadência foi substituída pelos das cidades de e Ur, Nínive e Babilônia. É o mais antigo império conhecido nos reportando às origens da História.
Uta-napishtim é o oitavo dos reis antediluvianos na lenda mesopotâmica, enquanto Noé foi o terceiro depois de Enoque na genealogia do Gênesis.
Ele teria vivido por volta de 2900 a.C., nas narrativas mesopotâmicas, que o apresentam como o Herói do Dilúvio, encarregado por um Deus de criar um navio gigante chamado de Preservador da Vida em vistas de uma inundação universal que destruiria toda a vida.
O castigo pela Torre de Babel foi a confusão das línguas e a dispersão dos homens. Colorização de gravura de Gustave Doré
A lenda caldéia diz que a Arca ou o Preservador da Vida era feita de madeira sólida, e tinha em comprimento e largura 200 pés, em todos os sentidos, ocupando o espaço de um acre.
No interior tinha sete andares, cada um dividido em 9 seções. Essa Arca teria sido terminada completamente no sétimo dia e a entrada do navio foi selada assim que todos embarcaram.
O personagem central também levou sua esposa, família, parentes es artesãos de sua aldeia, filhotes de animais e grãos. A enchente que se aproximava eliminaria todos os animais e pessoas que não estivessem no navio.
Após doze dias na água, Uta-napishtim abriu a escotilha de seu navio para olhar ao redor e viu as encostas do Monte Nisir, onde ele posou seu navio por sete dias.
No sétimo dia, ele enviou uma pomba para ver se a água havia recuado, e a pomba não conseguiu encontrar nada além de água, então ela retornou.
Então ele enviou uma andorinha, e assim como antes, ela retornou, não tendo encontrado nada.
Finalmente, Uta-napishtim enviou um corvo que vendo o recuo das águas voou em círculos ao redor da arca, mas não retornou. Uta-napishtim então libertou todos os animais e fez um sacrifício aos deuses.
Ele havia preservado a semente do homem permanecendo leal e confiante a seus deuses.
A lenda é uma confirmação colateral da verdade da narração da Bíblia, transmitida por uma outra civilização muito dedicada aos fenômenos astronômicos e de uma das de muito maior antiguidade da humanidade.
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O dilúvio universal narrado na Bíblia é um fato lembrado em todas as religiões, inclusive as mais primitivas e sem escritura e orais.
E o mapa mais antigo conhecido pelo homem, recém decifrado, também fala da Arca de Noé.
Trata-se de um fragmento de argila de apenas 12 centímetros que fascina arqueólogos e pesquisadores desde sua descoberta na Mesopotâmia há 143 anos, informou “El Mundo” de Madrid.
A descoberta foi feita em 1882 pelo proeminente assiriólogo Hormuzd Rassam. Ele é considerado uma das figuras mais importantes no estudo da civilização assíria, e desenterrou o mapa nos restos da cidade babilônica de Sippar, às margens do Rio Eufrates, ao sul do atual Iraque.
A peça foi adquirida pelo Museu Britânico em 1882 e o texto foi traduzido pela primeira vez em 1889.
O Mapa Babilônico do Mundo é o mais antigo da humanidade
No Museu Britânico, em Londres, os pesquisadores passaram anos tentando decifrar seu conteúdo que permanecia enigmático.
Em 1995, Irving Finkel e a pesquisadora Edith Horsley, fizeram uma descoberta crucial: uma parte da tabuleta que se inseria no ponto mais alto dela.
Eles localizaram esse fragmento esquecido nos depósitos do imenso Museu Britânico. Ao montá-lo no canto quebrado da tabuleta, eles se depararam com uma das histórias mais emblemáticas e repetitivas da humanidade: a narração do Grande Dilúvio e da Arca de Noé.
A tabuleta consiste em três partes: o mapa-múndi, um texto acima dele e um texto no verso. Diferenças sistemáticas entre os textos sugerem que ela pode ter sido compilada a partir de três documentos separados.
Conhecida como Imago Mundi, a tábua de argila tem 3.000 anos é considerada o mapa-múndi mais antigo já encontrado.
O Mapa Babilônico do Mundo (também Imago Mundi ou Mappa mundi) foi datado como não anterior ao século IX a.C. sendo mais provável que tinha sido feito pelo final do século VIII ou VII a.C., segundo a Wikipedia.
É a mais antiga representação conhecida do mundo. Outro fragmento pictórico classificado como VAT 12772, apresenta uma topografia semelhante, mas seria anterior de aproximadamente dois milênios.
O explorador e arqueólogo Hormuzd Rassam, descobriu a Imago Mundi no século XIX
O mapa é centrado no Eufrates, fluindo do norte (topo) para o sul (embaixo), com sua foz rotulada de “pântano” e “vazão”. A cidade da Babilônia é mostrada no Eufrates, na metade norte do mapa.
Aparecem assim a Mesopotâmia cercada por um “rio amargo” circular ou oceano, e sete ou oito regiões estrangeiras.
O mapa é circular com dois círculos de limite. A escrita cuneiforme rotula todos os locais no mapa circular, bem como algumas regiões fora.
Os dois círculos representam um corpo de água rotulado id maratum “rio amargo” ou mar salgado.
Babilônia é posta ao norte do centro; linhas paralelas na parte inferior parecem representar os pântanos do sul da Mesopotâmia, e uma linha curva vinda do norte-nordeste parece se referir às montanhas Zagros do Irã.
Irving Finkel conseguiu transcrever as inscrições do Imago Mundi.
Existem sete pequenos círculos internos dentro do perímetro do círculo, parecendo representar sete cidades. Sete ou oito seções triangulares fora do círculo de água representam “regiões” nomeadas nagu. Sobreviveram as descrições de cinco delas.
Na parte da frente, acima do mapa, um texto de 11 linhas descreve parte da criação do mundo por Deus, que diz ser o patrono da Babilônia, e que separou o Oceano primordial criando a Terra e o Mar.
E acrescenta que criou os peixes no Mar incluindo “a grande serpente marinha”.
Em seguida, descreve a Terra, e menciona pelo menos quinze animais terrestres, entre eles a cabra montesa, gazela, leão, lobo, macaco e macaca, avestruz, gato e camaleão.
Esquematização do Mapa Babilônico do Mundo
Com exceção do gato, todos esses animais eram típicos de terras distantes da Caldeia onde foi feito o mapa.
No verso de 29 linhas parece descrever pelo menos oito nagu ou regiões. Após uma introdução, possivelmente explicando como identificar o primeiro nagu, é dada uma breve descrição de cada um dos oito nagu.
Mas os do primeiro, segundo e sexto estão muito danificados para serem lidos. O quinto nagu tem a descrição mais longa, mas também está danificado e indecifrável.
Concluindo, o mapa é uma descrição panorâmica dos Quatro Quadrantes do mundo.
Por fim, as duas últimas linhas registram o nome do escriba que fez a tabuinha e que diz tê-la copiado de um exemplar ainda mais antigo.
A Igreja não só fez a Civilização Cristã, mas acolheu elementos de outras civilizações, cristianizando-os. Na foto o Castel Sant'Angelo, túmulo de um imperador romano
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Uma propaganda insistente quer apresentar os séculos marcados pela influência benéfica da Igreja, como eras de retrocesso, barbárie e ignorância provocada pela própria Fé e costumes pregadas pela Igreja Católica.
E, em consequência, essa falsa propaganda canta louvores exagerados dos progressos tecnológicos atuais, sobre tudo quando ligados à crescente paganização dos povos modernos.
A Igreja entretanto só promoveu o desenvolvimento das artes, técnicas e ciências como nunca se viu outra religião ou instituição fazer na História. Confira por exemplo, uma extensa informação a respeito (mas pequena se comparada com tudo o que a Igreja fez em 2.000 anos de existência), em: “Invenções, progresso, ciência e técnicas medievais”.
A Igreja também acolheu, e salvou, as contribuições de civilizações – que em muitos casos acabou convertendo ao ensinamento de Cristo – que contribuíram ao verdadeiro progresso da humanidade.
Entre essas civilizações originalmente pagãs destacou-se o Império Romano que acabou cedendo sua capital para sede do Papado. A Igreja cristianizou esse império de pecado e costumes horrorosos e, por outro lado, acolheu o que tinha de aproveitável, corrigindo os defeitos, como fez com o Direito Romano.
O açude romano de Almonacid , aproveita degraus da pedra para ralentizar a enxurrada
Também sua arquitetura, cujas basílicas foram adaptadas com facilidade para o culto divino e brilham até hoje.
Por essa aceitação do Evangelho e seus divinos ensinamentos tais civilizações também são objeto do esquecimento, malgrado suas boas realizações.
As últimas mortíferas enchentes no sul da Espanha, patentearam a inteligência com que a Igreja preservou as obras dos romanos.
Nos referimos à Depressão Isolada em Altos Níveis (DANA) que causou estragos em Valência, e deixou mais de 200 mortos. As imagens das tempestades e das graves inundações geraram choque no mundo.
No entanto, uma barragem em Saragoça mostrou a sua eficácia, evitando o desastre que atingiu muitas cidades, informou “La Nación”.
Essa barragem foi construída em tempos do Império Romano em Almonacid de la Cuba e tem quase 2.000 anos.
Nos vídeos é possível ver a água subindo até o limite da barragem e depois cai por etapas criadas com o propósito de frear o impulso.
O açude romano cortando o empuxo da enchente
Tudo o contrário de outras cidades de Valência, que sofreram inundações arrasadoras em questão de segundos.
Dezenas de usuários expressaram seu carinho por esta obra arquitetônica da civilização romana e sua utilidade hoje.
Em Almonacid de la Cuba não foram relatados danos ou feridos, o que aliviou o município.
Os espanhóis ficaram satisfeitos com a eficiência da barragem 2.000 anos depois, pois foi construída na segunda metade do século I d.C., na época do imperador Augusto, sob cujo reinado nasceu Jesus em Belém. É a barragem romana mais alta do mundo e é conhecida como La Cuba.
Como a construção é enormemente antiga, diversas modificações foram feitas para torná-la viável até hoje.
Durante a época muçulmana (século III) foi abandonada e depois serviu como barragem de desvio de fluxos para a zona de Belchite, que ainda hoje vigora.
A basílica e palácio de São João de Latrão foram residência do imperador Constantino, que a Igreja preservou e aprimorou
As referidas condições meteorológicas causaram destruição e fortes inundações que provocaram a morte de centenas de pessoas.
O fenômeno tem origem em uma corrente de ventos polares muito intensos – entre 150 e 300 quilômetros por hora, aproximadamente – que circulam na parte alta da atmosfera, a 9 mil metros de altitude, e cujo percurso gira em torno do Polo Norte e do Oeste para Leste.
Ao contrário das tempestades habituais, pode permanecer no mesmo local durante vários dias, o que aumenta os danos eventuais das muito intensas chuvas que provoca, como aconteceu desta vez, infelizmente.
Mais uma vez ficou provado como a Igreja e os povos convertidos souberam conservar o que outros tinham feito para o bem da humanidade e o encaixaram no progresso da Civilização Cristã,
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Ficou em exibição em Washington (no Museum of the Bible até julho 2025) o maior objeto arqueológico bíblico depois dos Manuscritos do Mar Morto pela sua antiguidade e relevância, informou o blog Thyself, O Lord.
Trata-se de mosaicos dos primeiros séculos descobertos durante os trabalhos dos prisioneiros em Megido, perto da Galileia, Israel. No local onde foram dar com os mosaicos há atualmente uma prisão de segurança máxima.
Eles faziam parte de uma casa ou local de culto cristão no ano 230 d.C. aproximadamente, mais de cem anos antes do imperador romano Constantino dar liberdade o cristianismo. Portanto em época de perseguições e martírios.
No mosaico se pode ler:
“Akeptous, adorador de Deus, ofereceu a mesa a Deus Jesus Cristo como um memorial”.
Os especialistas sublinham que na inscrição há três coisas extremamente significativas:
1º) Jesus Cristo é reconhecido como Deus;
2º) Foi erguido um altar para cultuar a Cristo;
3º) Já havia romanos que adoravam Jesus Cristo, posto que no local havia uma instalação de soldados romanos na época do mosaico.
Segundo a revista especializada “Biblical Archeaeology”, o mosaico foi descoberto quando se procedia a uma escavação em Kfar Othnay, antigo assentamento da era romana e bizantina descoberto dentro do terreno da moderna prisão israelense de Megido.
O mosaico exposto
O mosaico é grande, medindo cerca de 9,75 metros por 4,88 metros e formava o chão de um salão de culto cristão.
Este salão constituía uma ala de um grande edifício residencial usado pela Sexta Legião Encouraçada estacionada no acampamento militar próximo de Legio.
É o primeiro monumento conhecido em Israel dedicado ao culto cristão. Arqueólogos da Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA) exploraram o assentamento rural de Kfar Othnay entre 2003 e 2005.
O trabalho feito em parceria com a IAA, foi apresentado em The Megiddo Mosaic: Foundations of Faith. Ele destaca três inscrições gregas que aparecem no mosaico ao lado de muitos motivos decorativos e figurativos.
Essas inscrições reconhecem sete pessoas por seus papéis benéficos na igreja local. Cinco eram mulheres, confirmando sua importância nesta comunidade cristã primitiva.
Uma inscrição reconhece uma mulher chamada Akeptous e contém as palavras abreviadas “Deus Jesus Cristo” — uma afirmação inicial da divindade de Jesus, oficialmente consagrada pelas autoridades da Igreja Católica um século depois.
Especialistas limparam e conservaram o mosaico antes de transportá-lo para Washington, e depois será exposto num espaço especial perto do local original, na vizinhança de Megido.
As inscrições estão em grego, língua culta na época
O mosaico evidentemente pertence a uma igreja que é das poucas conhecidas que remontam à primeira metade do século III.
A datação baseia-se em vários vestígios, que incluem moedas da época, pedaços de barro de objetos de cerâmica e inscrições que sugerem o ano 230 d.C.
Nesse caso teria pertencido à sala de oração cristã mais antiga já encontrada, segundo Wikipedia.
O piso foi cuidadosamente escondido durante a grande perseguição às primeiras comunidades cristãs da Judeia empreendida pelo imperador romano Diocleciano por volta do ano em 303 d.C.
O local foi identificado em 2005 pelo arqueólogo israelita Yotam Tepper da Universidade de Tel Aviv. Segundo outra versão a descoberta teria sido feita por um recluso da prisão adjacente de Megido.
O local foi escavado e limpo por reclusos do referido presídio militar, e atraiu desde o início muitas manchetes da imprensa da época.
Após um minucioso processo de datação que levou ao século III; concluiu-se que foi feito por fiéis do local durante algum período de tranquilidade, suficiente para desenvolver objetos de arte sacra.
Portanto, a igreja foi anterior aos tempos turbulentos da segunda metade do século.
O mosaico de 54 m² está em muito bom estado e reúne textos, figuras geométricas e representações de peixes, típico dos primeiros cristãos.
É composto por quatro painéis, um de cada lado do que deve ter sido um altar, hoje desaparecido, rodeados por tesselas (peças quadradas ou cúbicas que podem ser utilizadas para revestir pavimentos, mosaicos ou marqueteria) monocromáticas decoradas com rosetas e mosaicos de losangos, e delimitados por molduras de formas entrelaçadas.
Os textos estão escritos em grego antigo e, segundo a própria peça, o artista da obra foi um certo Brutius.
Imagem aérea do mosaico dos primeiros séculos com a inscrição 'Jesus Cristo é Deus'
O painel sul, adornado com tapete de rosetas, apresenta duas das três inscrições do mosaico.
Uma terceira está no painel norte, e apresenta um octógono rodeado por quadrados separados por losangos e triângulos, e formas que incluem um traste (meandro grego), um escudo, duas luas, uma flor, um tabuleiro de xadrez e, ao centro, um prisma “tridimensional” que encerra um medalhão com imagens dos dois peixes, possivelmente um robalo e um atum.
No centro da superfície, ao pé do que parece ter sido um arco, existem duas pedras retangulares que se acredita terem sido duas das pernas do trapézio.
A inscrição no topo do painel norte é dedicada a Gaiano, o centurião que pagou pela criação do piso de mosaico:
“Gaiano, também chamado Porfírio, centurião, nosso irmão e dignitário, fez com que este terreno fosse feito às suas próprias custas como um ato de liberalidade. O Brucio realizou [realizou/concluiu] o trabalho”.
A inscrição no lado oeste do painel sul é dedicada a “Akeptous, que ama a Deus... e ofereceu o altar a Jesus Cristo Deus como memorial [ou lembrança/homenagem]”.
Vista aérea do sitio arqueológico de Megido
Por ‘memorial’ refere-se provavelmente à sagrada comunhão, o que significaria a mesa eucarística, coincidindo com a interpretação atribuída às pernas de pedra no meio da sala, e seria uma das referências arqueológicas (ou seja, não baseadas em textos) mais antiga da missa.
A localização do altar coincide com a disposição de restos de mesas semelhantes nas igrejas do Norte de África, sugerindo que a Missa era celebrada nos séculos III-IV no meio da congregação de fiéis, e não numa parte de o santuário reservado ao clero.
Do ponto de vista teológico, a descoberta confirma que Jesus Cristo era adorado como Deus desde os primórdios da religião católica, desfazendo confusões progressistas modernas ao respeito.
A abreviatura do nome de Jesus Cristo, que usa a primeira e as últimas letras do nome designando-o como um nome sagrado, e a evidência mais antiga desta prática mais conhecida em épocas posteriores, e usada para desnortear aos pagãos nos tempos das perseguições.
O nome do doador Akeptous não permite reconhecer com certeza a quem se refere. O nome poderia ser um derivado do latim Acceptus, e então se referir a um escravo.. Isso seria possível considerando que o salão é uma adaptação de uma habitação humilde preexistente.
No lado oposto do mesmo painel há a chamada “Inscrição Feminina” porque evoca a memória de “Primilla, Cyriaca e Dorothea, e também de Chreste”.
Estas quatro mulheres, do modo que são nomeadas, poderiam ter sido mártires da comunidade primitiva. A disposição dos painéis de mosaico, confrontando as inscrições das mulheres com as dos homens, sugeree que no cristianismo primitivo, homens e mulheres sentavam-se em lados opostos da igreja durante os eventos religiosos, costume que perdurou até antes da reforma litúrgica do Concilio Vaticano II.
Se se confirma que o mosaico é do século III a igreja de Megido disputaria em antiguidade com a igreja doméstica de Dura Europos, situada no leste da Síria, às margens do Eufrates, num local que teria correspondido à província romana da Cele-Síria.
Dura Europos: fragmento de imagem da samaritana junto ao poço ou tal vez da Virgem Maria
A igreja doméstica de Dura Europos, na Síria às margens do rio Eufrates, vinha sendo considerada a igreja / local de oração cristã mais antiga conhecida até hoje pois é datada de por volta de 233/235 d.C., ou 241 para outros.
Nessa casa síria, foram recuperados valiosos objetos de culto religioso, como uma pia batismal e murais internos que representam cenas bíblicas do Antigo e do Novo Testamento.
Embora em ambos casos não se chegou a uma datação definitiva, considera-se certo que tenham sido residências particulares, tal vez antigas dependências romanas, que foram modificadas para uso religioso. Poderia se acrescentar a necessidade d sigilo em tempo de perseguição.
O antropólogo Joe Zias, ex-professor e curador do Departamento de Arqueologia e Antropologia da Autoridade de Antiguidades de Israel, defendeu a existência do edifício nas primeiras décadas do século III.
Casos análogos se deram com a igreja de Abu Mena, no Egito; os espaços subterrâneos da Basílica de São João e São Paulo, em Roma, que antes foram quartel romano entre os séculos I e III, e só foram igreja no final do século IV, embora uma igreja clandestina no século I.
Estas igrejas domésticas atendiam à necessidade de eludir as perseguições.
Na verdade, o edifício mais antigo que foi erguido como templo católico desde a sua concepção, do qual há evidências hoje, é a igreja de Aqaba, no sul da Jordânia, a dois quilômetros da fronteira com Israel.
Dita igreja foi construída em duas fases. A primeira remonta a por volta do ano 300 d.C. alguns anos antes da perseguição de Diocleciano.