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Os evangelistas nos descrevem com pormenor o procedimento do governador romano da Judeia Pôncio Pilatos durante a Paixão e Morte de Nosso Senhor.
Porém, nada mais sabemos sobre esse personagem. Tampouco abundam sobre ele outras fontes históricas.
Entretanto, a agência católica ACI Digital republicou um apanhado de dados que nos permitem formar uma ideia sobre ele.
Em 1961, arqueólogos liderados pelo Dr. Antonio Frova descobriram em Cesareia Marítima, uma cidade romana na costa mediterrânea de Israel, uma pedra calcária que tinha inscrito o nome de Pôncio Pilatos.
Ela foi gravada em latim e posta numa das escadas do anfiteatro de Cesareia. A inscrição diz: “Pôncio Pilatos, prefeito da Judeia, dedicou ao povo de Cesareia um templo em honra a Tibério”.
A placa de 82 cm de largura e 68 cm de altura está atualmente no Museu de Israel, em Jerusalém.
A informação corresponde ao reinado do imperador Tibério entre os anos 14 e 37 d.C. e concorda o período do julgamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Concorda também com o cronograma bíblico descrito no Novo Testamento.
São Lucas, em seu Evangelho, se refere a Pilatos como governador romano da Judeia durante o reinado de Tibério César. (São Lucas 3, 1)
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As zonas virgens da Antártica estão dando surpresas.
Os geólogos da Universidade de Wisconsin-Milwaukee, EUA, liderados pelo professor Erik Gulbranson, por exemplo, escalaram o Promontório McIntyre, nas Montanhas Transantárticas e encontraram os restos petrificados de árvores que floresceram há por volta de 260 milhões de anos, segundo seus cálculos.
Esses são anteriores aos dinossauros.
Identificaram fragmentos de 13 exemplares que faziam parte de um bosque bastante distinto dos que existem hoje.
No fim do período Pérmico houve fenômenos que extinguiram o 90% das espécies antárticas, plantas e árvores.
“O mais surpreendente é que o padrão da vegetação mudava em todo o continente. Também mudava a densidade dos bosques”, explicou Gulbranson a “El Mundo” de Madri.
Vegetal comparável a uma samambaia petrificado na Antártica
Segundo ele, e outros cientistas, a Antártida “era mais úmida e cálida do que agora”, provavelmente comparável a atual Sibéria no hemisfério norte. Grandes sistemas fluviais atravessavam o continente e havia grandes lagos.
Quando existia o bosque cujos restos fossilizados foram descobertos pela equipe, a superfície terrestre estava agrupada em dois enormes continentes, um no norte e outro no sul.
A Antártida formava parte de Gondwana, o continente do Hemisfério Sul e que incluía a América do Sul, a África, a Índia e a Península Arábica.
A descoberta de fósseis vegetais no continente gelado, além de ossadas de sáurios gigantescos, já tem mais de um século.
O britânico Robert Falcon Scott (1868-1912) e seus colegas reuniram por volta de 18 quilos de pedras fossilizadas que continham plantas com sementes.
Hoje já há centenas de fósseis provando que a Antártida foi um território propicio para a vida.
Em 2006 uma equipe argentina desenterrou um esqueleto completo de um plesiosaurio: réptil marítimo de 1,5 metros. Os cientistas acreditam que ele vivia num oceano muito mais cálido que agora.
E é apenas uma das diversas espécies de dinossauros identificados no continente branco.
Também foram identificados fósseis de aves da mesma época.
Jane Francis, da Universidade de Leeds, Grã-Bretanha, fez mais de uma dezena de expedições à Antártica e encontrou os restos mais recentes das últimas árvores que cresceram no continente.
Pangea no momento em que todos os continentes estavam unidos.
Segundo o Instituto de Geofísica da Universidade de Austin, Texas, EUA
Uma outra floresta de 37 exemplares foi revelada a poucos quilômetros da descoberta de Gulbranson e sua equipe por especialistas em vegetais, fungos e outras disciplinas que viajaram de helicóptero até as vizinhas colinas Allan.
Como é que essa vida desapareceu? As hipóteses correm no sentido de um grande evento vulcânico que teria provocado ou estaria ligado a meses de escuridão e, obviamente, a um esfriamento mortal.
Na Antártica existe, ainda ativo, um grande sistema vulcânico em parte submerso, que poderia ter explodido catastroficamente, segundo Gulbranson.
Um evento assim poderia se repetir, embora as chances sejam muito remotas? Então o que se faria para sobreviver e não sermos extintos? indagou o cientista.
Os fragmentos de árvores fossilizadas poderão contar a história do que aconteceu.
Além da importância científica das descobertas, esses levantam para o leitor comum algumas questões intrigantes, inclusive religiosas.
Não é a primeira vez que cientistas reputados com provas materiais na mão nos falam de uma época em que os continentes estavam em contato.
Essa conexão ou união ajuda a compreender como foi possível a dispersão dos homens por todos os continentes hoje separados por oceanos, mares e canais importantes.
Como um continente povoado de bosques e animais pode ter sido morto pelo frio
Os degradados filhos de Adão e Eva teriam se multiplicado e espalhado por uma superfície ainda unida até que aconteceu a deriva dos continentes.
O que é que aconteceu para eles se separarem? Essa deriva foi lenta e passou despercebida?
Ou, como sugere a hipótese partilhada pelos geólogos da Universidade de Wisconsin-Milwaukee citados, e que é também de outros especialistas, houve um cataclismo imenso de tipo vulcânico ou outro que provocou a separação dramática num período historicamente curto de trevas e abalos?
A Criação e a expulsão do Paraíso. Nesta pintura do século XV também a Terra aparece toda unida.
Giovanni Di Paolo (1403 — 1482). Metropolitan Museum of Art, New York City.
Por cima do que pode ter havido, uma coisa e certa: a mão de Deus estava agindo e conduzindo o andamento de todo o planeta com seu poder onipotente.
Os cientistas descreverão de futuro os aspectos materiais daquele gigantesco evento.
Mas, em qualquer caso, o que houve não foi fruto de um acaso descontrolado, mas obedeceu a um superior plano divino.
E é para a sabedoria do Criador e sustentador do Universo, e da onipotência suplicante de Sua Mãe Santíssima que nossos olhos devem estar sempre atentos.
As relíquias que Margherita Guarducci identificou como sendo de São Pedro foram reconhecidas como tais pelo papa Paulo VI.
Em 26 de junho de 1968, ele anunciou a descoberta durante a audiência pública na Basílica Vaticana:
“Novas pesquisas, feitas com extrema paciência e cuidado, foram realizadas nos últimos anos, chegando a um resultado que nós, confortados pelo juízo de pessoas competentes, valorosas e prudentes, acreditamos ser positivo: as relíquias de São Pedro também foram, enfim, identificadas, de um modo que podemos considerar convincente, pelo qual louvamos a quem empregou tamanho e tão longo estudo, e grande esforço.
“Não se esgotam, com isso, as pesquisas, as verificações, as discussões e as polêmicas. Mas, de nossa parte, parece-nos um dever, no presente estado das conclusões arqueológicas e científicas, dar a vós e à Igreja este anúncio feliz, obrigados como somos a honrar as sagradas relíquias, sufragadas por uma séria prova de sua autenticidade [...];
“no caso presente, tanto mais solícitos e exultantes devemos ser, quando temos razões para considerar que foram encontrados os poucos, mas sacrossantos, restos mortais do Príncipe dos Apóstolos”.
Reintroduzidas no dia seguinte no lóculo do “muro dos grafites” (com exceção de nove fragmentos, que o Papa conservou em sua capela privada), as relíquias voltaram há poucos anos a ser expostas aos fiéis.
O papa Pio XII dispôs uma escavação arqueológica sob o altar-mor da Basílica Vaticana. Essa aconteceu entre 1939 e 1949 e foi levada a cabo por quatro estudiosos de arqueologia, arquitetura e história da arte.
Tratou-se de Bruno Maria Apollonj-Ghetti; Pe Antonio Ferrua, S.J.; Enrico Josi e Pe. Engelbert Kirschbaum, S.J.; sob a direção de dom Ludwig Kaas, secretário da Insigne Fábrica de São Pedro.
Eles encontraram o monumento de Constantino, um paralelepípedo com cerca de três metros de altura, revestido de mármore pavonáceo e pórfiro.
Escavando ao longo dos lados do monumento constantiniano encontraram debaixo dele o túmulo de Pedro.
As escavações revelaram uma pequena capela, formada por uma mesa sustentada por duas pequenas colunas de mármore e apoiada num muro rebocado e pintado de vermelho (o chamado “muro vermelho”) em posição correspondente à de um nicho; no chão, diante do nicho, sob uma pequena laje, um túmulo escavado diretamente na terra.
Do ponto de vista histórico, tal vez nenhum túmulo do mundo esteja tão apoiado em documentos de época, quanto o de São Pedro na Basílica Vaticana.
O lugar da sepultura havia sido mencionado pela primeira pelo presbítero Gaio, nos tempos do papa Zeferino (entre 198 e 217):
“Posso mostrar-te os troféus dos apóstolos [Pedro e Paulo]. Se quiseres dirigir-te ao Vaticano ou à Via de Óstia, encontrarás os troféus daqueles que fundaram esta Igreja [de Roma]” (in: Eusébio de Cesareia, História eclesiástica, II, 25, 7). Gaio entendia por “troféu” o corpo do mártir.
O martírio de Pedro é confirmado por Tertuliano, que, por volta do ano 200, escreve que a preeminência de Roma está ligada ao fato de que três apóstolos, Pedro, Paulo e João, nessa cidade ensinaram, tendo sido os dois primeiros mártires nela (cf. A prescrição contra os hereges, 36).
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A grandeza e o esplendor do conjunto arquitetônico da Basílica de São Pedro estão intrinsecamente unidos à glorificação de São Pedro, Príncipe dos Apóstolos.
Ele foi o primeiro da longa série de Papas que, como Vigários de Nosso Senhor Jesus Cristo, têm conduzido e conduzirão a Igreja até o fim dos tempos.
A Basílica foi construída em função do túmulo de São Pedro. Representação material consoladora da promessa de Nosso Senhor: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja” (Mt 16,18).
Porém, quando São Pedro radicou o seu trono em Roma, no ano 42, as aparências eram outras.
No século I, funcionava no local o circo de Calígula, um dos mais depravados Césares pagãos. Esse circo servia para corridas de quadrigas e os mais torpes espetáculos.
São Pedro viu aquele circo ser restaurado, engrandecido e enriquecido pelo imperador Nero, que iniciou as perseguições aos cristãos. O próprio São Pedro foi ali crucificado no ano 67.
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O Pe. Théoophile Moreux como astrônomo tinha paixão pelo Céu e pela história da própria astronomia. Esse interesse o pôs diante de realidades surpreendente.
É dado certo que os documentos mais remotos sobre o Zodíaco são caldeus. O Zodíaco é o conjunto de constelações cortadas pelo caminho aparente percorrido pelo Sol durante o ano.
Está composto de 13 constelações ‒ a 13ª foi acrescentada em 1930 pela União Astronômica Internacional.
Elas evocam, com esta ou aquela dose de imaginação, certas figuras de onde tiram o nome. Estes nomes apareceram 3.000 anos antes de Cristo.
Mas, o estudo das constelações mostra que há uma posição terrestre para vê-las de modo que coincidam com o nome. Esse estudo conduz a um local de observação bastante aproximado.
Não é nem a Índia, nem o Egito, mas a Ásia Menor, mais provavelmente a Armênia. Os armênios teriam dado esses nomes às formações estelares com maior ou menor fantasia.
Zodíaco chinês, dinastia Sui (581-618 d.C.), Museu Guimet (Paris)
Agora bem, acontece que os mesmos nomes aparecem em civilizações existentes em locais onde as estrelas não formam as figuras que os nomes indicam.
Os nomes são basicamente os mesmos, mas os arranjos estelares vistos desde diferentes latitudes e continentes positivamente não são os mesmos.
Exemplo típico são os índios da América: quando os primeiros europeus chegaram ao continente verificaram, não sem pasmo, que eles dividiam o céu com mais ou menos os mesmos nomes que os caldeus.
Porém, olhando as estrelas desde as Américas, os nomes pouco têm a ver com o que se observa.
Deste fato tiram-se várias conclusões elencadas pelo Pe. Moreux.
A primeira é que as tradições astronômicas de civilizações muito diferentes devem remontar a um tempo em que os homens todos estavam reunidos e partilhavam os mesmos conceitos e observações.
Aquele mundo possuía uma ciência aprofundada.
Zodíaco no relógio astronômico da catedral de Lyon.
Em segundo lugar, que naquele mundo anterior unido houve uma ruptura brusca. Como resultado, os homens perderam contato uns com os outros.
Em terceiro lugar, os povos dispersos conservaram nomes e tradições científicas. Porém, depois da separação decaíram. Aceitaram incongruências.
No fim, esqueceram o valor astronômico do Zodíaco – que, entretanto, continua muito válido – e sob seu nome instalou-se a superstição astrológica.
A tradição do Paraíso, do pecado original e do dilúvio
Essas conclusões apontam para um fato consignado, sob diferentes formas, nas culturas mais longínquas: a catástrofe representada pelo dilúvio de que fala a Bíblia.
“A geologia nos ensina que o homem vivia na Terra muito antes das civilizações egípcia e caldeia (...)
“As primeiras épocas da humanidade não teriam sido separadas dos períodos históricos seguintes por um grande cataclismo, como se teria produzido no próprio período quaternário?” pergunta o sacerdote-astrônomo.
Noé na Arca. Aegidius de Roya, "Compendium historiae universalis",
Den Haag, manuscrito MMW, 10 A 21
A apresentação do problema nos aproxima da questão do Dilúvio.
Na dispersão as tradições científicas passaram para os Assírios e Caldeus. Só estes as conservaram por escrito. Dos Caldeus passou para Medos, Persas, Hindus, Egípcios e Gregos. Por meio destes vieram até nós.
A difusão foi o suficientemente grande para chegar até as Américas séculos antes do desembarco dos evangelizadores.
“Existiu, portanto, uma emigração que partiu da Ásia numa época relativamente pouco afastada da era cristã”, explica o cientista.
Ele escreve: “Se, como nós acreditamos, a origem da humanidade é única — coisa cada vez mais confirmada pela ciência — certos ensinamentos religiosos, assim como os fatos históricos relativos a nosso passado remoto, puderam se transmitir de geração em geração; muitos deles perderam-se no caminho do êxodo dos povos, e evidentemente deformaram-se no curso dos séculos; da mesma maneira que as línguas irmãs cujas raízes ficaram como prova garantida de uma origem comum.
Criação do Mundo e expulsão do Paraíso. Giovanni di Paolo (1403 — 1482),
Metropolitam Museum of Art, New York City.
“As noções semelhantes que se encontram em várias religiões não podem, pois, serem apontadas como sinal de relação entre umas e outras, mas apenas como indícios de uma origem comum em tempos os mais afastados.”
Todas as religiões da Antiguidade estavam certas de serem mais perfeitas quanto mais se ligavam ao passado.
Agora bem, no fim os caldeus e egípcios acabaram adorando toda espécie de animais.
Porém, quanto mais antigos são os seus documentos menos se mostram politeístas.
Por exemplo, as pirâmides egípcias da III e IV dinastias falam de um deus único.
A moral do Livro dos mortos, obra da alta antiguidade egípcia, é muito elevada. A sua teodiceia é muito mais pura que as seguintes.
As invocações que a alma deve fazer ao Juiz celeste são um exemplo:
“Louvado seja, Deus grande, Senhor da Verdade e da Justiça! Eu venho até Ti, ó meu Mestre, eu me apresento diante de Ti para contemplar tuas perfeições”.
Papyrus Prisse, o livro mais antigo do mundo.
Biblioteca Nacional da França, Paris
O mais velho livro conhecido do mundo — o Papyrus Prisse — fala de um personagem em quem não é muito difícil reconhecer o Adão das Escrituras, embora algum tanto deformado e apresentado com pai de todos os deuses e de todos os homens.
A história do pecado original aparece deformada pelos pagãos na Índia e na Grécia.
A “mulher com a serpente” (a tentação de Eva) aparece nos mais velhos monumentos mexicanos.
Os egípcios falavam do Dragão celeste (Satanás), da árvore da vida (do Paraíso). Os assírios e babilônios foram os que mais pintaram a árvore sagrada.
Tradições análogas se encontram entre os persas, iranianos, sabinos, etc.
Moisés com as tábuas da Lei. Rembrandt.
A tradição universal por excelência, sublinha o sacerdote-astrônomo, é a do Dilúvio.
Ela tem sido encontrada até nas Ilhas Fiji.
Por sinal, o signo zodiacal Aquário se refere à onda vingadora e ao rei do abismo.
No tempo de Abraão, os caldeus já tinham deformado a história.
De acordo com suas inscrições, pode se afirmar que 3.000 anos a. C. eles ainda mantinham a tradição do Dilúvio degenerada e amalgamada com mitos astrológicos de feitio humano.
Tudo indica que Moisés recolheu uma tradição antes de tudo oral, fielmente transmitida pelos patriarcas.
Dos povos da Antiguidade só os hebreus conservaram o culto verdadeiro a Deus até a chegada do Messias, Nosso Senhor Jesus Cristo em que se realizou a plenitude da Lei.
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O astrônomo Mark Thompson, membro da Royal Astronomical Society de Londres e apresentador de astronomia no The One Show da BBC, realizou um estudo científico que explicaria a natureza da estrela que conduziu os Reis Magos até Belém, confirmando a narração do Evangelho de São Mateus.
Usando registros históricos e simulações de computador que permitem mapear a posição das estrelas e dos planetas em torno da data em que Jesus nasceu, Thompson defende que nessa época houve um evento astronômico incomum.
Segundo ele, entre setembro do ano 3 a.C. e maio do ano 2 d.C. houve três “conjunções” onde o planeta Júpiter e a estrela Regulus passaram perto um do outro no céu da noite estrelada.
A estrela Regulus ‒ literalmente “pequeno rei” ‒ está no plano dos planetas e não raro ela aparece próximo a um dos planetas.
1ª) Júpiter cruzou com Regulus por vez primeira seguindo seu movimento habitual rumo ao leste.
2ª) Depois apareceu revertendo o caminho e cruzou a estrela novamente, desta vez em direção oeste.
3ª) Por fim, mudando de direção mais uma vez, retomou sua direção normal rumo ao leste e cruzou com a estrela pela terceira vez.
Thompson, que apresentou na BBC o programa de astronomia Stargazing Live junto com o Professor Brian Cox, disse:
“Curiosamente no mundo da astrologia antiga, Júpiter é considerado o rei dos planetas e Regulus, que é a estrela mais brilhante da constelação de Leão, é considerada a rainha das estrelas.”
“Os três Reis Magos, acrescentou, eram considerados por alguns como sacerdotes zoroastristas, que eram astrônomos de renome na época, e quando o rei dos planetas passou tão perto da rainha das estrelas e em três ocasiões, devem ter julgado que era um fato muito significativo interpretável como o nascimento de um novo rei”.
Numerosas teorias de astrônomos do passado tentaram apresentar como explicação científica da estrela de Belém um cometa, uma supernova ‒ quando uma estrela explode e produz enormes quantidades de luz ‒ ou até um planeta.
Thompson disse que ele considerou “todas essas possibilidades” antes de chegar à sua conclusão.
As três conjunções de Júpiter e Regulus, tiveram lugar em 14 de setembro do ano 3 a.C., em 17 de Fevereiro e em 8 de maio do ano 2 d.C. Elas foram causadas pelo fenômeno astronômico chamado de movimento retrógrado aparente, em que um planeta parece que para na noite sua marcha normal rumo ao leste e ruma para o oeste, por um período de várias semanas.
Isso acontece porque os planetas exteriores do nosso sistema solar orbitam em volta do Sol a uma velocidade mais lenta que a Terra, e por isso nosso planeta, ocasionalmente os ultrapassa.
“O movimento retrógrado [no caso estudado] deu a impressão que Júpiter estava se movendo em direção oeste do céu e por isso os [Três Reis Magos] puderam segui-lo a partir da Pérsia”, explicou Thompson.
“Uma viagem de camelo até Israel teria levado cerca de três meses. Curiosamente, este é aproximadamente o mesmo tempo em que Júpiter parecia estar viajando na direção oeste”, disse
E concluiu: “Não cabe a mim dizer se realmente a Bíblia está certa ou errada, eu estou apresentando o mapa dos fatos que estão diante de mim”.
De fato, é esse o papel da ciência dentro de seus limites. E é natural concluir que confirma de modo sugestivo o relato evangélico.
O astrônomo inglês chegou a essas conclusões utilizando tecnologias computacionais avançadas e o saber acumulado pela ciência ao longo dos séculos.
Sua teoria, entretanto, não é inteiramente nova. Ela concorda com as apresentadas por outras autoridades da astronomia em épocas diversas.
Esta concordância reforça a teoria de Thompson.
De fato, a estrela de Belém sempre intrigou filósofos, teólogos e cientistas. E a ideia que a famosa estrela tinha sido resultante de uma conjunção de astros de primeira magnitude já foi defendida por respeitadas autoridades da astronomia.
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Foi exposta em Jerusalém uma lápide do fim do século I a.C. cujo texto – considerado “misterioso” pelos especialistas – foi escrito com tinta em caracteres hebraicos, noticiou o “Boston Herald”.
É a chamada “Pedra de Gabriel”, ou “Visão de Gabriel”, segundo o Prof. Ada Yardeni, pelo fato de o arcanjo aparecer como figura central.
A pedra mede um metro de altura e foi descoberta no ano 2000 na margem oriental do Mar Morto, por um beduíno da Jordânia.
Análise da terra colada à pedra revelou uma composição química que só se encontra nessa região.
O escrito tem 87 linhas e está dividido em duas colunas. Trata-se de um texto profético anotado quando ainda existia o Templo que Jesus frequentou.
Os especialistas consideram a “Pedra de Gabriel” um pórtico que ajuda a entender as ideias que circulavam na Terra Santa sobre o Messias pouco antes de Jesus nascer.
O método de gravar com tinta sobre a pedra e não entalhar, como era o costume, é único.
Nada se achou de semelhante na região do Mar Morto até o presente.
“A ‘Pedra de Gabriel’ é em certo sentido uma espécie de Rolo do Mar Morto escrito sobre uma pedra”, sustenta James Snyder, diretor do Museu de Israel.
Ela provém da mesma época e utiliza caligrafia idêntica à de alguns dos Rolos do Mar Morto, entre os quais se contam os mais antigos manuscritos hebraicos da Bíblia.
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Os fundamentos de uma basílica bizantina de 1.600 anos, que repousam no leito de um lago no noroeste da Turquia, estão sendo analisados por arqueólogos, noticiou “Aleteia”.
“Nós encontramos as ruínas da igreja. É a planta de uma basílica com três naves”, disse Mustafa Şahin, professor de arqueologia da Universidade Bursa Uludağ, ao Hurriyet Daily News, o jornal em inglês mais antigo da Turquia.
Os alicerces da igreja se encontram entre um metro e meio e pouco mais de dois sob a água no lago Iznik, em Bursa, Turquia.
A antiga basílica foi localizada por fotografias aéreas tiradas em 2014 durante um inventário de objetos históricos e culturais, segundo o Hurriyet Daily News.
Sahin calcula que a igreja foi construída no século IV, em homenagem a São Neófito, martirizado no ano 303, durante as perseguições do imperador romano Diocleciano.
São Neófito foi para Niceia, cidade do império romano que ficava na Ásia Menor, no noroeste da atual Turquia, para pregar a fé e increpar duramente o paganismo.
A basílica foi erigida no local onde ele foi martirizado pelos soldados romanos.
Segundo as crônicas, os verdugos enfurecidos suspenderam o santo em uma árvore, chicotearam-no com tiras de boi e rasparam seu corpo com garras de ferro.
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Arqueólogos israelenses exumaram camadas de entulho queimado que corroboram a narração bíblica da destruição de Jerusalém pelo exército do rei de Babilônia Nabucodonosor, no ano 587 a.C. – portanto, mais de 2.600 anos atrás.
O acontecimento está narrado no livro do Profeta Jeremias 52, 13-34. Ele indica que na tragédia o então rei de Jerusalém, Zedequias, foi levado cativo a Babilônia junto com a população da Cidade de Davi.
Eles foram deportados para trabalhar nas megalomaníacas construções de Nabucodonosor, que incluíram uma reconstrução – em escala menor – da Torre de Babel.
Nabuzardã, chefe da guarda babilônica, foi o encarregado do horroroso crime:
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Junto ao Mar da Galileia, também conhecido como Lago Tiberíades ou Kinneret, as ruínas de Betsaida voltaram a ver a luz.
A cidade é bem conhecida dos católicos, pois os Evangelhos nos falam muitas vezes dela.
Trata-se da cidade onde nasceram e moravam os apóstolos Pedro, André e Felipe, que eram pescadores, e na qual pregou Nosso Senhor.
Ela foi destruída como profetizou Nosso Senhor.
Sobre suas ruínas os romanos construíram outra, em estilo pagão, chamada Julias, também desaparecida.
Betsaida não fica longe de Nazaré onde se instalou a Sagrada Família. Portanto, não fica longe do Mar da Galileia.
Em Nazaré Jesus passou a maior parte de sua vida oculta, exceto o Nascimento em Belém e a fuga para o Egito.
Por isso, o povo se referia a Ele dizendo: “É Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia” (São Mateus 21, 11)
Nosso Senhor iniciou sua pregação na Judeia e em Jerusalém que fica mais ao sul.
Mas Ele teve que abandonar Jerusalém, capital de seu antepassado, o rei Davi, pois corria risco de morrer, devido ao ódio dos fariseus e do Sinédrio.
Limitou então sua divina ação ao norte do atual Israel – então parte do antigo reino de Israel – onde o ódio assassino do Sinédrio teria mais dificuldade de atentar contra Ele.
Jesus pregou demoradamente na região do Mar da Galileia e lá operou alguns de seus maiores e mais conhecidos milagres, como na Boda de Canaã, a pesca milagrosa, a multiplicação dos pães e peixes.
Ele curou, exorcizou, andou sobre as águas desse mar, ensinou o Pai-Nosso e pregou numerosas parábolas, além de pronunciar o “Sermão da Montanha”.
Tendo sabido Jesus que o rei Herodes Antipas mandara degolar São João Batista, seu primo e precursor, afastou-se para repousar na solidão, não longe do Mar da Galileia.
Ali fez o milagre da multiplicação dos cinco pães e dos dois peixes. Foi o primeiro de dois semelhantes, também referido como “alimentando os 5.000” (em Mateus 14:13-21, Marcos 6:31-44, Lucas 9:10-17 e João 6:5-15), ou como “milagre dos cinco pães e dois peixes”:
“13. A essa notícia, Jesus partiu dali numa barca para se retirar a um lugar deserto, mas o povo soube e a multidão das cidades o seguiu a pé.
“14. Quando desembarcou, vendo Jesus essa numerosa multidão, moveu-se de compaixão para ela e curou seus doentes.
O milagre da multiplicação dos cinco pães e dos dois peixes.
Jacopo Tintoretto (1518/19–1594), Metropolitan Museum of Art, New York
“15. Caía a tarde. Agrupados em volta dele, os discípulos disseram-lhe: Este lugar é deserto e a hora é avançada. Despede esta gente para que vá comprar víveres na aldeia.
“16. Jesus, porém, respondeu: Não é necessário: dai-lhe vós mesmos de comer.
“17. Mas, disseram eles, nós não temos aqui mais que cinco pães e dois peixes.
“18. Trazei-mos, disse-lhes ele.
“19. Mandou, então, a multidão assentar-se na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, elevando os olhos ao céu, abençoou-os. Partindo em seguida os pães, deu-os aos seus discípulos, que os distribuíram ao povo.
“20. Todos comeram e ficaram fartos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram doze cestos cheios.
“21. Ora, os convivas foram aproximadamente cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças.”
(São Mateus 14, 13-21)
Jesus continuou pregando na região até que, sentindo que os tempos tinham chegado, voltou para Jerusalém.
Ele sabia que ia cumprir o supremo holocausto para a Redenção dos homens:
“17. Subindo para Jerusalém, durante o caminho, Jesus tomou à parte os Doze e disse-lhes:
“18. Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte.
“19. E o entregarão aos pagãos para ser exposto às suas zombarias, açoitado e crucificado; mas ao terceiro dia ressuscitará.” (São Mateus, 20, 17-19)
No fim de sua vida pública, Jesus Cristo desceu até Jerusalém.
Então Ele fez uma entrada triunfal na capital de Davi e Salomão, que é comemorada no Domingo de Ramos. Vendo isso, o Sinédrio tramou sua morte.
A Paixão transcorreu muito rapidamente. Na sexta-feira da mesma semana, o Sinédrio já tinha conseguido completar a conspiração e Lhe havia dado Morte no alto do Calvário.
Porém, Jesus ressuscitou. E logo após a Ressurreição, encaminhou-se para a única região que O tolerava: a Galileia.
Quando apareceu a Santa Maria Madalena “e à outra Maria” junto ao Santo Sepulcro “disse-lhes Jesus: ‘Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galileia, pois é lá que eles me verão’” (São Mateus 28, 10)
Betsaida: casa dos três Apóstolos na praia de Kinneret. Crédito: Zachary Wong.
Entretanto, após a Ascensão aos Céus, Betsaida teve um fim tremendo.
A cidade, juntamente com Cafarnaum e Corazim, foi amaldiçoada por Jesus, que predisse a completa destruição das três durante seu ministério na Galileia.
No Evangelho de Mateus, Jesus lança três “ais” contra as três cidades (Corazim, Betsaida e Cafarnaum), por não terem feito penitência, nem mesmo após os grandes milagres que Ele realizou nelas.
E até as increpou, dizendo que no Dia do Juízo haverá menos rigor para os habitantes das cidades pagãs de Tiro, Sidônia e Sodoma que para os dessas três cidades judaicas.
21. Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e a cinza.
22. Por isso vos digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Tiro e para Sidônia que para vós!
23. E tu, Cafarnaum, serás elevada até o céu? Não! Serás atirada até o inferno! Porque, se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro dos teus muros, subsistiria até este dia.
24. Por isso te digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti! (Mt 11:20-24)
Pelos anos 30/31 ela foi toda reformada como cidade greco-romana pelo rei judeu Filipe, o Tetrarca.
Esse rei de costumes paganizados lhe trocou o nome para Julias, em louvor da mulher do imperador Augusto, segundo o historiador judeu contemporâneo Flavio Josefo, referido pelo jornal francês “Le Figaro”.
Restos da cidade romana de Julias construída sobre Betsaida amaldiçoada por Nosso Senhor
A nova cidade acabou sendo arrasada na Grande Revolta Judaica contra Roma, iniciada no ano 67 e terminada desastrosamente em 70.
O historiador Flavio Josefo (Vida 399-403) diz ter sido ferido em combate perto das muralhas de Julias, citado pelo jornal israelense “Haaretz”.
Hoje, os arqueólogos que foram à procura dos restos dessas cidades afirmam ter encontrado suas ruínas.
“Achamos o que parece ser a cidade dos três apóstolos, onde Jesus multiplicou os pães e os peixes”, declarou à Agência Efe o arqueólogo Mordejai Aviam, do israelense Kinneret College, que escava o local há três anos.
O lugar coincide com o Novo Testamento e hoje constitui a Reserva Natural do Vale de Betsaida.
Junto com sua equipe de mais de 25 arqueólogos e voluntários, Aviam tinha descoberto no local uma capa do período das Cruzadas, uma feitoria de açúcar do século XIII, um mosteiro e provavelmente uma igreja.
Escavando ainda mais, eles encontraram objetos da cidade greco-romana enterrados dois metros abaixo.
“Existem moedas, cerâmica, um mosaico, paredes e umas termas de estilo romano, o que nos leva a crer que não se tratava simplesmente de um povoado, mas de uma grande cidade romana”, explicou Aviam.
O Dr. Mordejai Aviam que dirigiu os trabalhos.
Aviam tem certeza de que os objetos descobertos provam ser esse o local do milagre da multiplicação dos cinco pães e dois peixes, afastando outras teorias arqueológicas que imaginam o grande evento evangélico em outros pontos da Galileia.
Para Aviam, a identificação de um banho público, como era costume greco-romano, “atesta a existência de uma cultura urbana”, citou o “Haaretz”.
O local exato mais provável é chamado Tabgha (Sete Fontes) que se encontra na costa norte do Mar da Galileia, na estrada que sai de Cafarnaum.
Ali há uma igreja beneditina onde está a pedra sobre a qual Jesus teria operado o “milagre dos cinco pães e dois peixes”.
A “pedra da multiplicação” é grande e irregular, e era venerada numa capela destruída pelos muçulmanos mas foi recuperada em 1930.
Nas escavações apareceu um mosaico com um cesto, peixes e pães. Uma grande igreja desaparecida teria sido também encontrada.
É o que fazem pensar paredes com ricos vidros dourados formando um mosaico, sinal de uma igreja abastada e importante.
Willibald, bispo de Eichstätt, na Baviera, que visitou a Terra Santa em 725, descreve sua visita a uma igreja em Betsaida, construída sobre a casa de São Pedro e Santo André, acrescentou o “Haaretz”.
Hoje as ruínas de Betsaida saem à luz testemunhando a maravilhosa pregação de Nosso Senhor e alguns de seus mais portentosos milagres.
Mas, também, do tremendo abandono em que incorreu até desaparecer de todo por ter recusado os apelos divinos à penitência e à conversão.
Máscara de Tezcatlipoca, o cruel deus que habitaria na Mãe Terra,
algo vagamente comparável à divindade Pachamama
ou à deusa Gaia de recente invenção ecologista. Museu Britânico
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Por vezes é tido como moderno apresentar o índio como arquétipo de uma vida integrada na natureza, em pacífica relação com seus congêneres, adorando deidades em harmonia com o meio ambiente.
Alguns até os elevam a patrimônio da humanidade, a ser preservado sem influência da civilização, a fim de exibirem seu modelo de vida ao homem moderno em crise.
Eles teriam vivido nus em um sistema perfeito, tendo a mata como único teto antes da chegada de missionários e civilizadores.
Mas isso é bem assim?
As Sagradas Escrituras, quando se referem aos pagãos e a seus deuses, fazem-no com horror e execração. O Salmo 95 reza “todos os deuses dos gentios são demônios” (“Omnes dii gentium, daemonia”) (Salmo 95, 5).
Recentes trabalhos de brigadas de arqueólogos na Cidade do México fornecem dados palpáveis, gigantes e irretorquíveis para responder à questão.
O caso começa com o cronista espanhol Francisco López de Gómara (nascido em 1511), que deixou um frio e apavorante relato sobre o que encontrou no México. Recentemente foi referido pelo jornal espanhol “ABC”.
Ele descreve um sinistro monumento que os companheiros do conquistador Hernán Cortés viram em Tenochtitlán, a capital do império asteca.
Uma fabulosa pirâmide, cuja estrutura era constituída por cento e trinta mil crânios atravessados por ripas.
Em apoio ao aterrorizante relato, o cronista cita seus companheiros Andrés de Tapia e Gonzalo de Umbría que também viram a tétrica construção e a referiram.
O nome do macabro prédio é tzompantli. Acredita-se que as vítimas que serviram de ‘tijolos’ teriam sido inimigos sacrificados e oferecidos à glória dos deuses.
Antiga crônica espanhola descreve o diabólico templo
Porém, López de Gómara falou pormenorizadamente dessa estrutura como sendo um monumento que visava mais à deleitação social que à vingança bélica.
A explicação do cronista está no capítulo 106 de sua “Historia de las conquistas de Hernando Cortés”:
“Do lado de fora do templo, diante da porta principal, havia um ossário de cabeças de homens presos na guerra e sacrificados com faca. (...) no qual estavam inseridas entre pedra e pedra as caveiras com os dentes para o lado de fora”.
Segundo a crônica, o perverso monumento era completado por duas torres cheias de cabeças, cujas colunas haviam sido feitas com cal e restos humanos.
A maioria dos historiadores advogava com uma ponta de condescendência que nesse tipo de mausoléu os índios astecas só empregavam restos de homens mortos na guerra.
Porém, as investigações ainda em andamento sobre os ossos recuperados apontam que foram sacrificadas também mulheres e crianças.
Um desses macabros ossários foi descoberto em 2015 perto do “Templo Mayor”, um dos mais destacados da antiga Tenochtitlán, hoje Cidade de México, onde foram contados 657 crânios, muitos dos quais de crianças e mulheres.
Rodrigo Bolaños, um dos antropólogos a cargo da investigação, não sai de seu espanto.
Na base das pirâmides macabras encontra-se um altar, cuja função era meramente ritual e de culto: nele eram mortas as vítimas que “ornavam” as repugnantes construções.
Esses se encontram hoje embaixo da terra, pois a Cidade do México cristã foi construída sobre a cidade pagã.
Sacrifício incruento da Santa Missa:
o culto verdadeiro a Deus na Igreja verdadeira
colide com os ritos pagãos de inspiração demoníaca
Uma das escavações avança junto à Catedral da capital mexicana, erigida sobre o antigo Templo Mayor.
Nessa magnífica catedral católica se celebra desde o primeiro momento a renovação incruenta do sacrifício da Cruz para redimir os homens e livrá-los do poder de Satanás, a quem podem facilmente escravizar-se sem o auxílio da graça.
Duas concepções visceralmente antagônicas: a católica e a pagã.
Porém, essa escavação ainda não conseguiu chegar até a base do tzompantli, que parece ser o maior dos obeliscos de culto.
Segundo a historiadora e investigadora Emilie Carreón Blaine, autora de dossiês científicos como “Tzompantli, forca e pelourinho”, o termo asteca vem sendo traduzido como “andaime de crânios”, “altar de crânios”, “enfileiramento de cabeças” ou “plataforma de caveiras”.
O tzompantli estava montado em função do altar de pedra, que segundo o arqueólogo Robert H. Cobean podia ter “mais de 50 metros de cumprimento”, incluindo uma escadaria central.
Na sua parte mais alta havia um andaime de madeira onde se penduravam os crânios que acabavam de ser perfurados ou as cabeças dos humanos sacrificados perpassadas por ripas ou estreitos postes de madeira.
A dimensão do satânico altar faz pensar num contínuo ou intenso massacre religioso.
Discute-se a finalidade do tzompantli. Sob o influxo das apologias modernas do tribalismo, alguns tentam dizer que tinha um sentido mágico-místico que foi perversamente interpretado pelo catolicismo dos conquistadores espanhóis.
Até chegam a dizer que os astecas rendiam um culto à vida através dessas hecatombes!
Mas para o historiador Agustín García Márquez não há dúvidas que o altar estava consagrado intimamente ao culto da morte. Os cronistas da época testemunham que os indígenas diziam sacrificar neles as vítimas aos deuses.
O tzompantli desenterrado em 2015 era apenas um dos oito instalados dentro do ‘Templo Mayor’ de Tenochtitlán.
O historiador mexicano Alfredo López Austin cita informantes indígenas que o mencionam como sendo “o mais elevado de todos os do local”.
Cada um dos oito locais de sacrifícios humanos estava dedicado a uma deidade concreta, em cujo louvor as cabeças dos sacrificados eram exibidas.
No altar do deus Tezcatlipoca – também chamado “deus do espelho fumegante” –, uma imensa caveira representava a misteriosa e cruel deidade da tentação e da noite.
Estrutura de caveiras do Gran Tzompantli da antiga Tenochtitlán
inclui de mulheres e crianças sacrificadas à Mãe Terra. Foto: National Geographic
Segundo a falsa crença, ele habitaria na Mãe Terra, algo vagamente comparável à divindade Pachamama ou à deusa Gaia de recente invenção ecologista.
O missionário franciscano Bernardino de Sahagún fala em sua crônica Suma indiana de uns desses templos da morte mais importantes que os outros.
“O quadragésimo primeiro prédio se chamava Hueitzompantli e estava em frente do Huitzilopochtili, onde ficavam as cabeças dos cativos ali sacrificados”.
Hoje é mais conhecido como Huytzompantli e nele os rituais e cerimônias aconteciam durante todo o ano.
Esse seria precisamente o local do luciferino monumento – cujo altar tem 34 metros de cumprimento – desvendado em 2015 pelos arqueólogos no centro histórico da Cidade de México.
Uma parte desse altar de 45 centímetros de espessura, 13 metros de cumprimento e seis metros de largura está recoberto com uma massa feita de mandíbulas e fragmentos de crânios.
35 desses podem se contabilizar, mas supõe-se que muitos outros devem ter sido empregados, segundo explicou Raúl Barrera, diretor do Programa de Arqueologia Urbana mexicano.
Até agora não foi desenterrada toda a base do altar, cuja dimensão total ainda é desconhecida. Em qualquer caso, os arqueólogos acham com toda certeza que esse é o Huytzompantli de que falam as antigas crônicas.
As Sagradas Escrituras nos ensinam que “todos os deuses dos pagãos são demônios” (“Omnes dii gentium, daemonia”) (Salmo 95, 5).
As escavações em andamento na Cidade do México nos fornecem mais uma confirmação clamorosa da verdade desse juízo divinamente revelado.
Vídeo: O Huey Tzompantli do Templo Mor de Tenochtitlan descrito pelo Instituto Nacional de Antropología e História do México
Contraste ovante com a Missa católica (em rito dominicano, privilégio dessa ordem)