segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Como foi Pôncio Pilatos? Evidências históricas e arqueológicas sobre o juiz mais injusto da História

Pilatos apresenta Jesus ao povo judeu para que escolha entre Ele e Barrabás, mistério de São Bento, Semana Santa, Sevilha
Pilatos apresenta Jesus ao povo judeu para que escolha entre Ele e Barrabás,
mistério de São Bento, Semana Santa, Sevilha
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Os evangelistas nos descrevem com pormenor o procedimento do governador romano da Judeia Pôncio Pilatos durante a Paixão e Morte de Nosso Senhor.

Porém, nada mais sabemos sobre esse personagem. Tampouco abundam sobre ele outras fontes históricas.

Entretanto, a agência católica ACI Digital republicou um apanhado de dados que nos permitem formar uma ideia sobre ele.

Em 1961, arqueólogos liderados pelo Dr. Antonio Frova descobriram em Cesareia Marítima, uma cidade romana na costa mediterrânea de Israel, uma pedra calcária que tinha inscrito o nome de Pôncio Pilatos.

Ela foi gravada em latim e posta numa das escadas do anfiteatro de Cesareia. A inscrição diz: “Pôncio Pilatos, prefeito da Judeia, dedicou ao povo de Cesareia um templo em honra a Tibério”.

A placa de 82 cm de largura e 68 cm de altura está atualmente no Museu de Israel, em Jerusalém.

A informação corresponde ao reinado do imperador Tibério entre os anos 14 e 37 d.C. e concorda o período do julgamento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Concorda também com o cronograma bíblico descrito no Novo Testamento.

São Lucas, em seu Evangelho, se refere a Pilatos como governador romano da Judeia durante o reinado de Tibério César. (São Lucas 3, 1)

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Florestas e ossadas na Antártica
do tempo que os continentes estavam unidos

O prof. Erik Gulbranson recolhe amostras nas colinas Allan, Antártica.
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






As zonas virgens da Antártica estão dando surpresas.

Os geólogos da Universidade de Wisconsin-Milwaukee, EUA, liderados pelo professor Erik Gulbranson, por exemplo, escalaram o Promontório McIntyre, nas Montanhas Transantárticas e encontraram os restos petrificados de árvores que floresceram há por volta de 260 milhões de anos, segundo seus cálculos.

Esses são anteriores aos dinossauros.

Identificaram fragmentos de 13 exemplares que faziam parte de um bosque bastante distinto dos que existem hoje.

No fim do período Pérmico houve fenômenos que extinguiram o 90% das espécies antárticas, plantas e árvores.

“O mais surpreendente é que o padrão da vegetação mudava em todo o continente. Também mudava a densidade dos bosques”, explicou Gulbranson a “El Mundo” de Madri.

Vegetal comparável a uma samambaia petrificado na Antártica
Vegetal comparável a uma samambaia petrificado na Antártica
Segundo ele, e outros cientistas, a Antártida “era mais úmida e cálida do que agora”, provavelmente comparável a atual Sibéria no hemisfério norte. Grandes sistemas fluviais atravessavam o continente e havia grandes lagos.

Quando existia o bosque cujos restos fossilizados foram descobertos pela equipe, a superfície terrestre estava agrupada em dois enormes continentes, um no norte e outro no sul.

A Antártida formava parte de Gondwana, o continente do Hemisfério Sul e que incluía a América do Sul, a África, a Índia e a Península Arábica.

A descoberta de fósseis vegetais no continente gelado, além de ossadas de sáurios gigantescos, já tem mais de um século.

O britânico Robert Falcon Scott (1868-1912) e seus colegas reuniram por volta de 18 quilos de pedras fossilizadas que continham plantas com sementes.

Hoje já há centenas de fósseis provando que a Antártida foi um território propicio para a vida.

Como teria sido Gondwana, o superconjunto antes da separação dos continentes do hemisfério sul.
Como teria sido Gondwana, o superconjunto antes da separação dos continentes do hemisfério sul. Para um arquivo maior clique AQUI
Em 2006 uma equipe argentina desenterrou um esqueleto completo de um plesiosaurio: réptil marítimo de 1,5 metros. Os cientistas acreditam que ele vivia num oceano muito mais cálido que agora.

E é apenas uma das diversas espécies de dinossauros identificados no continente branco.

Também foram identificados fósseis de aves da mesma época.

Jane Francis, da Universidade de Leeds, Grã-Bretanha, fez mais de uma dezena de expedições à Antártica e encontrou os restos mais recentes das últimas árvores que cresceram no continente.

Pangea no momento em que todos os continentes estavam unidos. Segundo o Instituto de Geofísica da Universidade de Austin, Texas, EUA
Pangea no momento em que todos os continentes estavam unidos.
Segundo o Instituto de Geofísica da Universidade de Austin, Texas, EUA
Uma outra floresta de 37 exemplares foi revelada a poucos quilômetros da descoberta de Gulbranson e sua equipe por especialistas em vegetais, fungos e outras disciplinas que viajaram de helicóptero até as vizinhas colinas Allan.

É a segunda maior floresta dentre uma dúzia já encontrada no continente gelado, segundo o United States Antartic Program.

Como é que essa vida desapareceu? As hipóteses correm no sentido de um grande evento vulcânico que teria provocado ou estaria ligado a meses de escuridão e, obviamente, a um esfriamento mortal.

Na Antártica existe, ainda ativo, um grande sistema vulcânico em parte submerso, que poderia ter explodido catastroficamente, segundo Gulbranson.

Um evento assim poderia se repetir, embora as chances sejam muito remotas? Então o que se faria para sobreviver e não sermos extintos? indagou o cientista.

Os fragmentos de árvores fossilizadas poderão contar a história do que aconteceu.

Além da importância científica das descobertas, esses levantam para o leitor comum algumas questões intrigantes, inclusive religiosas.

Não é a primeira vez que cientistas reputados com provas materiais na mão nos falam de uma época em que os continentes estavam em contato.

Essa conexão ou união ajuda a compreender como foi possível a dispersão dos homens por todos os continentes hoje separados por oceanos, mares e canais importantes.

Como um continente povoado de bosques e animais pode ter sido morto pelo frio
Como um continente povoado de bosques e animais pode ter sido morto pelo frio
Os degradados filhos de Adão e Eva teriam se multiplicado e espalhado por uma superfície ainda unida até que aconteceu a deriva dos continentes.

O que é que aconteceu para eles se separarem? Essa deriva foi lenta e passou despercebida?

Ou, como sugere a hipótese partilhada pelos geólogos da Universidade de Wisconsin-Milwaukee citados, e que é também de outros especialistas, houve um cataclismo imenso de tipo vulcânico ou outro que provocou a separação dramática num período historicamente curto de trevas e abalos?

A Criação e a expulsão do Paraíso. Nesta pintura do século XV também a Terra aparece toda unida. Giovanni Di Paolo  (1403 — 1482). Metropolitan Museum of Art, New York City.
A Criação e a expulsão do Paraíso. Nesta pintura do século XV também a Terra aparece toda unida.
Giovanni Di Paolo  (1403 — 1482). Metropolitan Museum of Art, New York City.
Por cima do que pode ter havido, uma coisa e certa: a mão de Deus estava agindo e conduzindo o andamento de todo o planeta com seu poder onipotente.

Os cientistas descreverão de futuro os aspectos materiais daquele gigantesco evento.

Mas, em qualquer caso, o que houve não foi fruto de um acaso descontrolado, mas obedeceu a um superior plano divino.

E é para a sabedoria do Criador e sustentador do Universo, e da onipotência suplicante de Sua Mãe Santíssima que nossos olhos devem estar sempre atentos.


segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Novos achados sobre os ossos de São Pedro no Vaticano (4)

São Pedro, imagem de bronze na basilica vaticana
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







As relíquias que Margherita Guarducci identificou como sendo de São Pedro foram reconhecidas como tais pelo papa Paulo VI.

Em 26 de junho de 1968, ele anunciou a descoberta durante a audiência pública na Basílica Vaticana:

“Novas pesquisas, feitas com extrema paciência e cuidado, foram realizadas nos últimos anos, chegando a um resultado que nós, confortados pelo juízo de pessoas competentes, valorosas e prudentes, acreditamos ser positivo: as relíquias de São Pedro também foram, enfim, identificadas, de um modo que podemos considerar convincente, pelo qual louvamos a quem empregou tamanho e tão longo estudo, e grande esforço.

“Não se esgotam, com isso, as pesquisas, as verificações, as discussões e as polêmicas. Mas, de nossa parte, parece-nos um dever, no presente estado das conclusões arqueológicas e científicas, dar a vós e à Igreja este anúncio feliz, obrigados como somos a honrar as sagradas relíquias, sufragadas por uma séria prova de sua autenticidade [...];

“no caso presente, tanto mais solícitos e exultantes devemos ser, quando temos razões para considerar que foram encontrados os poucos, mas sacrossantos, restos mortais do Príncipe dos Apóstolos”.

Reintroduzidas no dia seguinte no lóculo do “muro dos grafites” (com exceção de nove fragmentos, que o Papa conservou em sua capela privada), as relíquias voltaram há poucos anos a ser expostas aos fiéis.