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Os sacerdotes da Pachamama Chimú abriam o peito das crianças vivas |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Arqueólogos que cavavam em um santuário pré-hispânico na costa norte do Peru acharam os túmulos de 76 crianças sacrificadas há cerca de mil anos em rituais religiosos. Foi um achado que aterrorizou os corações mais endurecidos.
O arqueólogo Luis Flores, um dos que trabalham no denominado santuário Pampa La Cruz fez a descrição esse satânico achado para a agência France Press, que foi retomada por “La Nación”.
Nestes tempos, o comuno-missionarismo atualizado pelo Sínodo da Amazônia, que repercute até longe da Amazônia, exalta as “culturas” indígenas e difama a evangelização de portugueses e espanhóis que tirou esses pobres índios de pavorosas e inúmeras formas de inumanidade.
Mais uma prova desse erro pregado pela Teologia da Libertação e o Sínodo da Amazônia foi tirado à luz no Peru. E também, mais uma prova que nos estimula a agradecer a Nossa Senhora que abençoou a evangelização e tirou aos indígenas dos horrores em que viviam
Os restos foram descobertos entre julho e agosto de 2022 em duas pequenas esplanadas no município de Huanchaco, perto da cidade de Trujillo, 500 quilômetros ao norte de Lima.
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Menina peruana cuida de uma pequena alpaca. Assim poderiam ter sido as crianças sacrificadas pela crueldade indígena |
Agora se trata de “300 crianças em Pampa La Cruz em todos esses anos de escavações” nos vestígios desse mesmo povo Chimú, destacou Flores.
A identificação dos restos mortais de crianças sacrificadas revela que foram massacradas quando tinham entre 6 e 15 anos.
Os 76 túmulos foram encontrados perto de um bairro em Huanchaco. Também havia vestígios de chamas no local.
“Ficamos surpresos que, à medida que escavamos 10 ou 20 centímetros, mais e mais restos foram saindo. Percebemos que eram crianças”, disse Flores.
Explicou que os sacerdotes “abriam o peito das crianças transversalmente para retirar o coração” em rituais aos deuses do povo Chimú.
“Os sacrifícios podem ser por falta de chuva, seca, problemas políticos ou guerras. Há várias hipóteses que estamos investigando”, comentou o arqueólogo.
Entre os restos estão os de cinco mulheres “sentadas” enterradas com as cabeças juntas, fazendo uma espécie de círculo.
“Graças a Pampa La Cruz, sabemos que os sacrifícios humanos, especialmente de crianças, eram uma parte estrutural da religião Chimú para celebrar e glorificar seu estado”, disse Prieto à agência estatal peruana Andina.
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Nossa Senhora da Paz, na catedral de Trujillo, na região do sinistro achado. A evangelização trouxe uma maravilhosa mudança nas crenças religiosas |
Além de arqueólogos peruanos, estudantes e acadêmicos das universidades da Flórida e Tulane (Louisiana) nos EUA participaram dessas escavações.
Os trabalhos de escavação terminaram serão retomados em 2023, disse Flores, e nessa ocasião o número de restos humanos cruelmente sacrificados pode aumentar.
Pampa La Cruz fica a dois quilômetros do sítio arqueológico de Huanchaquito, onde em abril de 2018 foram encontrados os restos mortais de 140 crianças e 200 lhamas oferecidos em rituais.
A revista National Geographic destacou que testes de radiocarbono em cordas e tecidos datam os restos encontrados entre os anos de 1400 e 1450, cerca de um século antes da chegada do conquistador espanhol Francisco Pizarro ao Peru (1532).
A civilização Chimú se espalhou ao longo da costa peruana até o atual Equador e o local fica perto da costa e cerca de 300 metros acima do nível do mar.
Essa descoberta levou a uma revisão das teorias sobre as oferendas humanas nos rituais pré-hispânicos.
Por volta do ano de 1475 essa monstruosa “cultura” desapareceu quando foi conquistada pelo império inca, cuja capital era Cusco (no sudeste do Peru).
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Francisco Pizarro foi o herói que abriu o passo à evangelização. Estátua equestre em Trujillo, Espanha |
Em consequência da gesta de Pizarro, aconteceram massivos batismos e conversões, os costumes se suavizaram, a vida foi valorizada.
E o Peru é hoje um dos países mais católicos de América Latina, com inúmeros santuários e imagens milagrosas, além de catedrais e igrejas que deslumbram pela sua beleza e sacralidade, intensamente frequentadas pelos indígenas que ainda existem dotados de um charme especial.
Os teólogos da libertação, comuno-progressistas e ativistas do Sínodo da Amazônia, deblateram contra a glorificação pública de Francisco Pizarro, aliás enterrado na catedral de Lima, e heroicos companheiros.