segunda-feira, 2 de dezembro de 2019

Por que Jesus nasceu em Belém?

Igreja da Natividade, local da Gruta de Belém
Igreja da Natividade, local da Gruta de Belém
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





O imperador romano Augusto (63 a.C. – 14 d.C.) mandou fazer o que se chamava Breviarium Imperii (Estatística do Império).

Nessa estatística devia constar as riquezas de seu imenso reino: soldados, naves, reinos, províncias, tributos, impostos, doações...

A estatística obrigava, em consequência, o recenseamento da população.

Assim diz São Lucas em seu Evangelho, capítulo 2:
“1. Naqueles tempos, apareceu um decreto de César Augusto, ordenando o recenseamento de toda a terra. (...)

“3. Todos iam alistar-se, cada um na sua cidade.

“4. Também José subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, à Judeia, à Cidade de Davi, chamada Belém, porque era da casa e família de Davi,

“5. para se alistar com a sua esposa, Maria, que estava grávida.

“6. Estando eles ali, completaram-se os dias dela.

“7. E deu à luz seu filho primogênito, e, envolvendo-o em faixas, reclinou-o num presépio; porque não havia lugar para eles na hospedaria”. (São Lucas, 2, 1-7)

José e Maria tiveram que ir a Belém para recensear-se de acordo com a norma de que “todos os que habitassem fora das suas regiões nativas, voltassem ao seu recanto natal para cumprir a disciplina habitual do recenseamento”, contida por exemplo no decreto de Gaio Víbio Máximo, Prefeito do Egito, de 104 d.C.

No Oriente a pertença à família ou estirpe era de importância capital; todo cidadão sabia a que estirpe pertencia.