segunda-feira, 22 de junho de 2020

Sansão: monumental sinagoga confirma relatos bíblicos

Na ex-sinagoga de Huqoq: mosaico de Sansão derrubando as colunas do templo dos filisteus
Na ex-sinagoga de Huqoq: mosaico de Sansão derrubando as colunas do templo dos filisteus
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Uma monumental sinagoga do período romano-bizantino tardio (séculos IV e V d.C.) foi descoberta em escavações arqueológicas em Huqoq na Galileia, Israel, em julho 2012.

O anúncio foi feito pela Israel Antiquities Authority, a maior autoridade em Israel sobre a matéria. Em campanhas arqueológicas posteriores foram sendo trazidos à luz outros importantes mosaicos.

Esses se referem a diversos episódios bíblicos, como a Arca de Noe e a travessia do Mar Vermelho. Se destacam as representações de Sansão e a derrubada das colunas do templo máximo dos filisteus

As escavações foram conduzidas por Jodi Magness, da Universidade da Carolina do Norte em Chapel Hill – UNC (EUA), e David Amit e Suá Kisilevitz, da Autoridade de Antiguidades de Israel, sob o patrocínio da UNC, da Universidade de Brigham Young de Utah; da Trinity University de Texas; da Universidade de Oklahoma – todas elas dos EUA –, e da Universidade de Toronto, Canadá.

Estudantes e funcionários da UNC e das entidades consorciadas participam dos trabalhos.

Huqoq é uma antiga aldeia judaica localizada a aproximadamente 2-3 km a oeste de Cafarnaum e Migdal (Magdala), na Galileia.

segunda-feira, 8 de junho de 2020

A travessia do Mar Vermelho estudada por cientistas - 2

Travessia do Mar Vermelho, Ivan Aivazovsky
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Há muita discussão científica séria sobre qual foi o local exato da travessia.

A maioria dos cientistas que estudam o texto bíblico, e que são citados pelos autores Carl Drews e Weiqing Han, julgam que a melhor tradução para o nome hebraico “Yam Suph” não é “mar Vermelho”, mas sim “mar de Caniços”.

Esta denominação geográfica designa uma área pantanosa (daí os caniços, plantas aquáticas) onde o Nilo encontra o mar Mediterrâneo.

E, de fato, as rochas e sedimentos da região do delta do Nilo nessa época apontam a presença de um grande braço do rio que se conectava com uma lagoa salobra, chamada “lago de Tânis”.


O vento do oriente descrito no Êxodo, segundo esta tese científica, teria feito recuar as águas rasas (com cerca de 2 m de profundidade) do braço do Nilo e do lago.

Isso teria permitido a passagem de Moisés e seu povo para longe dos guerreiros do faraó.

Há uma certa hostilidade contra o professor Drews porque é cristão e tem um site no qual defende a compatibilidade entre ciência e fé. Mas esta hostilidade não é parte da ciência e se insere num debate filosófico-teológico.