segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Descoberta do jardim do Santo Sepulcro confirma relato evangélico

Jardim do Sepulcro, vista aérea do estado atual superficial
Jardim do Sepulcro, vista aérea do estado atual superficial
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs



O Evangelho ensina que Nosso Senhor Jesus Cristo foi crucificado numa área verde entre o Calvário e o Santo Sepulcro.

Santa Helena achou o local, recuperou as relíquias da Cruz e seu filho o imperador Constantino fez a Basílica do Santo Sepulcro sobre um templo pagão romano.

O jardim descrito por São João sumiu nas reformas podendo se duvidar da localização.

Agora, escavações o descobriram e a chefe dos arqueólogos Francesca Stasolla comentou que a descoberta “é a arqueologia falando com fé (...) na fé há evidência”, noticiou “Gazeta do Povo”. 

A equipe arqueológica foi liderada pela professora Francesca Romana Stasolla, da Universidade de Roma “La Sapienza”.

Prof.a Francesca Romana Stasolla, diretora das escavações
Prof.a Francesca Romana Stasolla, diretora das escavações
Ela conduz as maiores escavações na Basílica do Santo Sepulcro desde 2022, trabalhos, entretanto, prejudicados pela guerra subsequente ao massacre terrorista do Hamas de 2023.

Em 7 de março 2025, os investigadores anunciaram a descoberta de restos de oliveiras e videiras, incluindo sementes e pólen.

Stasolla disse ao jornal “Times of Israel” que as análises arqueobotânicas permitem situar essas plantas no período em que Jesus viveu.

“Na época de Jesus, essa região não fazia parte da cidade”, afirma a pesquisadora.

Após a desastrosa insurreição dos judeus em 70 d.C., que teve como uma consequência a destruição do famoso Templo de Jerusalém, o dominador romano decidiu construir uma cidade sobre as ruínas de Jerusalém que denominou Élia Capitolina.

A nova cidade do século II devia seguir os patrões romanos e ser rasa. Foi assim que o Templo de Jerusalém já em ruinas foi arrasado até seus mais profundos fundamentos, pois estava na maior elevação da cidade.

Também foram niveladas as elevações do Calvário e do local do Santo Sepulcro, mas menos severamente a ponto de ficarem preservados. Mas no local foi elevado um templo romano pagão.

Os evangelistas se referem ao local mencionando que o Redentor foi crucificado fora de dois muros de Jerusalém.

“O Evangelho cita uma área verde entre o Calvário e o túmulo, e nós identificamos esses campos cultivados”, acrescenta a arqueóloga.

Jardim do Túmulo, como se ve hoje
Jardim do Túmulo, como se ve hoje
A basílica original católica constantiniana foi incendiada e atacada por persas e muçulmanos nos séculos VII e XI, respectivamente, e sua aparência atual remonta ao século XII em virtude da obra restauradora dos Cruzados.

À agência de notícias católica Zenit, Francesca Stasolla comentou: “Não estamos apenas lendo as Escrituras, estamos entrando nelas”, acrescentando que a descoberta “de terras cultivadas entre o local da crucificação e o túmulo não é mera coincidência. É arqueologia falando com fé (...) Descubro que na fé há evidência”.

O jornal “Times of Israel” havia insinuado a dúvida que é também de outros, com base em que há 2.000 anos, oliveiras e videiras cresciam no terreno onde hoje se encontra a Igreja do Santo Sepulcro. 

Qualquer dúvida nesse pormenor ficou também afastada pelas revelações das novas escavações arqueológicas de que falamos.

O Evangelho de João diz: “No lugar onde Jesus foi crucificado havia um jardim, e no jardim um sepulcro novo, onde ninguém jamais havia sido colocado. Ali colocaram Jesus” (João 19:19-20).

Interior da igreja do Santo Sepulcro sobre o Gólgota
Interior da igreja do Santo Sepulcro sobre o Gólgota
As amostras recuperadas sob o piso da antiga basílica pertencem à era pré-cristã. Enquanto se aguardam testes de radiocarbono a Profa. Francesca Romana Stasolla, da Universidade Sapienza de Roma, diz:

“Sabemos que a área já fazia parte da cidade na época do Imperador Adriano, quando os romanos construíram a Élia Capitolina (...) No entanto, na época de Jesus, a área ainda não fazia parte da cidade.”

A escavação arqueológica foi aprovada pela Autoridade de Antiguidades de Israel, conforme exigido por lei.

Stasolla enfatizou que, devido à natureza sensível do sítio e às suas necessidades logísticas, eles tiveram que trabalhar com extrema cautela.

Ocasionalmente, especialistas em áreas específicas, como geólogos, arqueobotânicos ou arqueozoólogos de Roma, juntam-se aos arqueólogos em Jerusalém.

“No entanto, a maior parte da nossa equipe permanece em Roma, para onde enviamos os dados para o trabalho de pós-produção”, explica Stasolla.

Interior da igreja do Santo Sepulcro
Interior da igreja do Santo Sepulcro
“As novas tecnologias estão nos permitindo reconstruir o panorama geral em nossos laboratórios”, disse Stasolla.

“Se estivéssemos falando de um quebra-cabeça, poderíamos dizer que estamos escavando apenas uma peça de cada vez, mas, eventualmente, teremos uma reconstrução multimídia completa do panorama completo.”

De acordo com Stasolla, as camadas ocultas sob o piso da igreja, semelhantes às páginas de um livro, oferecem uma crônica extraordinária da história de Jerusalém, começando com a Idade do Ferro (1200-586 a.C.).

“A igreja fica em uma pedreira, o que não nos surpreende, pois uma grande parte da Cidade Velha de Jerusalém também fica em uma pedreira”, disse Stasolla.

“A pedreira já estava ativa na Idade do Ferro. Durante a escavação, encontramos cerâmica, lâmpadas e outros objetos do cotidiano que datam desse período.”

Como a pedreira deixou de ser explorada, antes da construção da igreja, parte da área era usada para agricultura.

Na época de Jesus, a antiga pedreira também era usada como local de sepultamento, com vários túmulos escavados na rocha, como em outras áreas de Jerusalém.

Vários outros túmulos são conhecidos como parte do complexo do Santo Sepulcro, incluindo um que a tradição cristã atribui a José de Arimateia, que se diz ter presenteado Jesus com seu túmulo vazio.

Interior da igreja do Santo Sepulcro
Interior da igreja do Santo Sepulcro
“É a fé daqueles que acreditaram na santidade deste local por milênios que permitiu que ele existisse e se transformasse”, disse ela. “Isso vale para todos os locais sagrados.”

“O verdadeiro tesouro que estamos revelando é a história das pessoas que fizeram deste local o que ele é, expressando sua fé aqui”, acrescentou.

“Quer alguém acredite ou não na historicidade do Santo Sepulcro, o fato de gerações de pessoas terem acreditado é objetivo. A história deste lugar é a história de Jerusalém e, pelo menos a partir de certo momento, é a história da adoração a Jesus Cristo.”

O “Jerusalem Post” focou o detalhe de a equipe de pesquisadores da Universidade Sapienza de Roma descobrir restos de uma planta datada da época da morte de Jesus, na primavera de 33 d.C. 



segunda-feira, 3 de novembro de 2025

A pirámide de Huaca Cao Viejo e a mentira de que todas as religiões levam a Deus

Imagem da cruel deidade-adorada na Huaca-Cao-Viejo
Imagem da cruel deidade adorada na Huaca-Cao-Viejo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A mentira de que todas as religiões conduzem a Deus sendo apenas “vestes culturais” de uma mesma religiosidade, ficou mais uma vez demonstrada pela equipe arqueológica que estudou a cultura da Huaca Cao Viejo, no Peru.

Essa erigiu uma estrutura cerimonial, a “huaca”, que lembra uma pirâmide na costa do Peru, perto da atual cidade de Trujillo noticiou a “Folha de S.Paulo”. 

A “huaca” media cerca de 30 m de altura e foi feita com tijolos de barro que secaram ao sol, sendo ricamente decorada com pinturas.

O estilo se assemelha ao de outros monumentos da chamada cultura Moche, que dominou nove vales da costa norte peruana entre os anos 300 d.C. e 950 d.C.

Nela foram descobertas quatro tumbas em 2005, três delas de adultos masculinos rodeados por tecidos, esteiras e adornos de metal, indicando status elevado.

Representação de mulher nobre de Cao Viejo. O olhar irradia o desespero proprio do paganismo
Representação de mulher nobre de Cao Viejo. 
O olhar irradia o desespero próprio do paganismo
A quarta era de um defunta, e a seu lado havia o corpo de uma jovem de entre 13 e 15 anos, com uma corda no pescoço.

Também acharam os restos de um jovem de idade equivalente com uma corda no pescoço aos pés de um dos homens adultos.

Em ambos os casos, tudo indica que eles foram sacrificados em honra aos nobres mais velhos.

Os dados de DNA indicam que todos os indivíduos enterrados ali tinham parentesco próximo entre si. Os dois jovens foram ofertados em sacrifícios humanos e parecem ter sido irmãos.

Tudo indica que um dos adolescentes sacrificados era filho do homem de status mais elevado e que a menina sacrificada tinha um parentesco dito “de segundo grau” com a mulher principal.

Túmulo de um casal real da família Tudor exibe uma visão católica oposta à pagã
Túmulo de um casal real da família Tudor exibe uma visão católica oposta à pagã.
A escultura patenteia a doçura da caridade católico e o respeito mútuo.
Essa morreu com no máximo 30 anos de idade, pelo que poderia ser sobrinha ou neta dela.

A julgar pela composição química dos ossos, os defuntos provem de regiões montanhosas do país.

Resultou assim mais plausível aos arqueólogos imaginar que eles foram levados para o sacrifício por intrigas políticas ou superstições religiosas.

Crimes horríveis assim eram frequentes em religiões pagas como as de Roma ou da longínqua China imperiais por vezes com a monstruosa crença de que esta forma iria a servir os mais velhos no além.

Funeral moche incluia enforcamento de parientes
Funeral moche incluía enforcamento de parentes.
Essa religião não podia levar a Deus.
Só a suavidade da religião de Cristo afastou essa práticas cruéis. Pois, pode conduzir a Deus uma religião que pratica sacrifícios humanos para enviar as vítimas ao além com os já falecidos?

Todos os deuses pagãos são demônios, ensina a Bíblia, e todas as religiões não católicas tem um fundo diabólico.

Só a religião católica, a única verdadeira conduz suave e harmonicamente as almas a Deus.