Mons Andrea Gemma, bispo de Isernia-Venafro
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
Em diversos posts reproduzimos o pensamento do Bem-aventurado Pe. Francisco Palau y Quer O.C.D. a respeito da influência do demônio em nossos dias.
Vendo-a descrita como tão grande, tal vez alguém possa ter achado que o santo autor nesse ponto pode ter sido levado pelo seu fervor e pelo seu temperamento espanhol.
Não teria exagerado?
Por isso achamos oportuno relembrar o que no livro “Eu, bispo exorcista”, o então bispo diocesano, hoje emérito, de Isernia-Venafro, Itália, descreveu de suas experiências de exorcista e as surpreendentes conclusões a que foi levado durante uma década de prática do Exorcistado
(D. Andrea Gemma, “Io, vescovo esorcista” (“Eu, bispo exorcista”), Editora Mondadori, Milão, 2002, 208 pp. Todas as citações do post são extraídas desse livro. Não sabemos se o livro foi vertido ao português)
D. Andrea Gemma, hoje bispo emérito, escreveu o livro quando estava à testa da diocese de Isernia-Venafro, narrando suas experiências na prática do exorcismo.
Dom Andrea Gemma deixou a diocese a seu sucessor em 2007, quando atingiu o limite de idade fixado pelo Direito Canônico.
Na manhã de 29 de junho de 1992, o novo bispo de Isernia-Venafro, D. Andrea Gemma, saía da Basílica Vaticana, olhando pensativo para a Praça de São Pedro.
As palavras de São Mateus, ”as portas do inferno não prevalecerão” (Mt 16,18), ecoavam em seu espírito com um atrativo sobrenatural. E lhe inspiravam graves considerações:
1) a ação do demônio não só não diminuiu, mas multiplicou-se;
2) o demônio é consciente de que dispõe de pouco tempo;
3) Nosso Senhor Jesus Cristo deu à Igreja enorme poder contra Satanás;
4) para não ser derrotado, o demônio faz tudo para agir no silêncio;
5) chegou o momento de desmascarar a ação insidiosa de Lúcifer e enfrentá-lo de viseira erguida, com as armas de que a Igreja dispõe. (pp. 11-12).
Por que não se fala da necessidade de exorcismo?
Voltando à sua diocese, a 170 km de Roma, D. Andrea decidiu pôr em prática o mandato divino “expulsai os demônios” (Mc 16,17). Porque, explica ele, para o bispo, exorcizar “não é uma escolha, é obrigação” (p. 21).
Dever grave de instituir exorcistas |
“Um bispo que não estabelece pelo menos um exorcista na sua diocese não está isento de pecado mortal por grave omissão” (p. 24).
O resultado foi surpreendente. O poder do inferno se lhe revelou em todo o seu horror e em toda a sua extensão.
“Quantas vezes — escreve o bispo —, nos meus colóquios cotidianos, frequentemente difíceis, com os doentes de todo tipo, esta verdade se punha diante de mim: ‘Por que não nos falaram antes destas coisas? Por que não nos alertaram com uma adequada instrução? Por que não nos preservaram a nós, grei de Cristo, da devastação dos lobos famintos?” (p. 113).
“Se todos os bispos fossem como você, estaríamos completamente vencidos, e imediatamente” (p. 12), gritou-lhe um demônio por meio de uma mulher possessa, acrescentando em uma outra ocasião: “[mas] vocês são poucos” (p. 62).
Poder da promessa de Nossa Senhora em Fátima
Em 1992, o bispo publicou a pastoral As portas do inferno não prevalecerão. Nela, alertava:
“A ação infestante e obscura de Satanás [...] está, acreditai-me, mais difundida e é mais nefasta do que se possa pensar” (p. 15).
Na pastoral, D. Andrea convocou a diocese para “uma luta sem quartel, concertada e eficaz contra o mal e as suas artes” (p. 16).
O bispo promoveu orações públicas que congregavam multidões vindas de muito longe.
O Maligno se externava visivelmente, e aqueles que sofriam alguma ação diabólica eram levados à sacristia para serem objeto de exorcismos específicos.
Mons Andrea Gemma e Nossa Senhora de Fátima |
Ela foi traduzida em várias línguas.
Cartas, imprensa, pessoas de toda Itália e até do exterior, apelaram a seu socorro porque sentiam alguma ação diabólica ou estavam possessas.
Isso lhe mostrou que muitos fiéis estavam esperando algo do gênero, diz no livro.
Nos exorcismos, D. Andrea pôde constatar o enorme poder de Nossa Senhora e da Igreja sobre as potências do abismo:
“Se quero ver o demônio realmente furioso, basta jogar-lhe água benta, pronunciando esta minha doce certeza: ‘por fim, o Coração materno de Maria triunfará’.
“‘Sim!!!’, me responde, sempre rangendo os dentes.
“Mas algumas vezes acrescenta um desafio: ‘neste meio tempo, quantos levaremos conosco’...” (p. 63).
D. Andrea interrogou várias vezes os demônios possuidores:
— ”Vós, que vexais as vossas vítimas, tirais algum proveito ou alívio disso?
— Não, pelo contrário, nós sofremos um maior agravamento das nossas penas.
— E, então, por que o fazeis?
— Por ódio, por ódio, por ódio” (p. 61).
Louvo e agradeço a Deus por pastores segundo o seu coração que cuida do rebanho que lhe foi confiado afastando e expulsando os lobos ferozes que atacam e escravizam as ovelhas que se afastaram de Jesus Cristo e da sua Igreja. Que outros bispos, padres e diáconos exerçam o ministério de cura e libertação e também o exorcismo.
ResponderExcluirQue o Senhor nosso Deus e Pai nos livre do Maligno e unidos à poderosa intercessão de Nossa Senhora e Rainha e São Miguel Arcanjo expulsemos de nossa família e de nossos irmãos de nossa paróquia de toda influência e escravidão ao Maligno.
Salve Maria!
ResponderExcluirParabéns pela divulgação de assunto tão importante nos dias de hoje!
Para aprofundamento:
Documentário: O Retorno dos Exorcistas
http://youtu.be/5m6ZV9wil8s
Pax!
ResponderExcluirGostaria de divulgar aqui a página do Padre Gabriele Amorth no Facebook. Não sei se a página é diretamente administrada por ele, mas o material divulgado na referida página se mostra muito fiel ao pensamento do exímio exorcista.
https://www.facebook.com/pages/Padre-Gabriele-Amorth/350761581645316?fref=ts
Olá bom dia, não está disponível o link da continuação.
ResponderExcluirQuantas pessoas precisam ser libertadas.
ResponderExcluirVerdade! :´(
ExcluirAlguém sabe se existe algum outro bispo no mundo que segue o exemplo de Dom Andrea Gemma, se dedicando ao ministério do exorcismo???
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