segunda-feira, 10 de fevereiro de 2025

O cristianismo preservou as realizações de culturas anteriores

A Igreja não só fez a Civilização Cristã, mas acolheu elementos preciosos de outras civilizações, cristinaizando-os. Na foto o Castel Sant'Angelo, túmulo de um imperador romano
A Igreja não só fez a Civilização Cristã, mas acolheu elementos de outras civilizações, cristianizando-os.
Na foto o Castel Sant'Angelo, túmulo de um imperador romano
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Uma propaganda insistente quer apresentar os séculos marcados pela influência benéfica da Igreja, como eras de retrocesso, barbárie e ignorância provocada pela própria Fé e costumes pregadas pela Igreja Católica.

E, em consequência, essa falsa propaganda canta louvores exagerados dos progressos tecnológicos atuais, sobre tudo quando ligados à crescente paganização dos povos modernos.

A Igreja entretanto só promoveu o desenvolvimento das artes, técnicas e ciências como nunca se viu outra religião ou instituição fazer na História. Confira por exemplo, uma extensa informação a respeito (mas pequena se comparada com tudo o que a Igreja fez em 2.000 anos de existência), em: “Invenções, progresso, ciência e técnicas medievais”.

A Igreja também acolheu, e salvou, as contribuições de civilizações – que em muitos casos acabou convertendo ao ensinamento de Cristo – que contribuíram ao verdadeiro progresso da humanidade.

Entre essas civilizações originalmente pagas destacou-se o Império Romano que acabou cedendo sua capital para sede do Papado. A Igreja cristianizou esse império de pecado e costumes horrorosos e, por outro lado, acolheu o que tinha de aproveitável, corrigindo os defeitos, como fez com o Direito Romano.

O açude romano de Almonacid de La Cuba, aproveita degraus da pedra para ralentizar a enxurrada
O açude romano de Almonacid , aproveita degraus da pedra para ralentizar a enxurrada
Também sua arquitetura, cujas basílicas foram adaptadas com facilidade para o culto divino e brilham até hoje.

Por essa aceitação do Evangelho e seus divinos ensinamentos tais civilizações também são objeto do esquecimento, malgrado suas boas realizações.

As últimas mortíferas enchentes no sul da Espanha, patentearam a inteligência com que a Igreja preservou as obras dos romanos.

Nos referimos à Depressão Isolada em Altos Níveis (DANA) que causou estragos em Valência, e deixou mais de 200 mortos. As imagens das tempestades e das graves inundações geraram choque no mundo.

No entanto, uma barragem em Saragoça mostrou a sua eficácia, evitando o desastre que atingiu muitas cidades, informou “La Nación”.

Essa barragem foi construída em tempos do Império Romano em Almonacid de la Cuba e tem quase 2.000 anos.

Nos vídeos é possível ver a água subindo até o limite da barragem e depois cai por etapas criadas com o propósito de frear o impulso.

O açude romano cortando o empuxo da enchente
O açude romano cortando o empuxo da enchente
Tudo o contrário de outras cidades de Valência, que sofreram inundações arrasadoras em questão de segundos.

Dezenas de usuários expressaram seu carinho por esta obra arquitetônica da civilização romana e sua utilidade hoje.

Em Almonacid de la Cuba não foram relatados danos ou feridos, o que aliviou o município.

Os espanhóis ficaram satisfeitos com a eficiência da barragem 2.000 anos depois, que foi construída na segunda metade do século I d.C., na época do imperador Augusto, sob cujo reinado nasceu Jesus em Belém. É a barragem romana mais alta do mundo e é conhecida como La Cuba.

Como a construção é antiga, diversas modificações foram feitas para torná-la viável até hoje.

Durante a época muçulmana (século III) foi abandonada e depois serviu como barragem de desvio de fluxos para a zona de Belchite, que ainda hoje vigora.

A atual basílica e palacio de São João de Latrão foram residencia do último imperador em Roma, que a Igreja preservou e aprimorou
A basílica e palácio de São João de Latrão foram residência do imperador Constantino,
que a Igreja preservou e aprimorou
As referidas condições meteorológicas causaram destruição e fortes inundações que provocaram a morte de pelo menos 157 pessoas.

O fenômeno tem origem em uma corrente de ventos polares muito intensos – entre 150 e 300 quilômetros por hora, aproximadamente – que circulam na parte alta da atmosfera, a 9 mil metros de altitude, e cujo percurso gira em torno do Polo Norte e do Oeste. para Leste.

Ao contrário das tempestades habituais, pode permanecer no mesmo local durante vários dias, o que aumenta os danos eventuais das intensas chuvas, como aconteceu desta vez.

Mais uma vez ficou provado como a Igreja e os povos convertidos souberam conservar o que outros tinham feito para o bem da humanidade e o progresso da Civilização Cristã,