segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Identificam o local do “milagre dos cinco pães e dois peixes”

Multiplicação dos 5 pães e 2 peixes. Fonte: pixabay.com
Multiplicação dos 5 pães e 2 peixes. Fonte: pixabay.com
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Junto ao Mar da Galileia, também conhecido como Lago Tiberíades ou Kinneret, as ruínas de Betsaida voltaram a ver a luz.

A cidade é bem conhecida dos católicos, pois os Evangelhos nos falam muitas vezes dela.

Trata-se da cidade onde nasceram e moravam os apóstolos Pedro, André e Felipe, que eram pescadores, e na qual pregou Nosso Senhor.

Ela foi destruída como profetizou Nosso Senhor.

Sobre suas ruínas os romanos construíram outra, em estilo pagão, chamada Julias, também desaparecida.

Betsaida não fica longe de Nazaré onde se instalou a Sagrada Família. Portanto, não fica longe do Mar da Galileia.

Em Nazaré Jesus passou a maior parte de sua vida oculta, exceto o Nascimento em Belém e a fuga para o Egito.

Por isso, o povo se referia a Ele dizendo: “É Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia” (São Mateus 21, 11)

Nosso Senhor iniciou sua pregação na Judeia e em Jerusalém que fica mais ao sul.

Mas Ele teve que abandonar Jerusalém, capital de seu antepassado, o rei Davi, pois corria risco de morrer, devido ao ódio dos fariseus e do Sinédrio.

Limitou então sua divina ação ao norte do atual Israel – então parte do antigo reino de Israel – onde o ódio assassino do Sinédrio teria mais dificuldade de atentar contra Ele.

Jesus pregou demoradamente na região do Mar da Galileia e lá operou alguns de seus maiores e mais conhecidos milagres, como na Boda de Canaã, a pesca milagrosa, a multiplicação dos pães e peixes.

Ele curou, exorcizou, andou sobre as águas desse mar, ensinou o Pai-Nosso e pregou numerosas parábolas, além de pronunciar o “Sermão da Montanha”.

Tendo sabido Jesus que o rei Herodes Antipas mandara degolar São João Batista, seu primo e precursor, afastou-se para repousar na solidão, não longe do Mar da Galileia.

Ali fez o milagre da multiplicação dos cinco pães e dos dois peixes. Foi o primeiro de dois semelhantes, também referido como “alimentando os 5.000” (em Mateus 14:13-21, Marcos 6:31-44, Lucas 9:10-17 e João 6:5-15), ou como “milagre dos cinco pães e dois peixes”:

“13. A essa notícia, Jesus partiu dali numa barca para se retirar a um lugar deserto, mas o povo soube e a multidão das cidades o seguiu a pé.

“14. Quando desembarcou, vendo Jesus essa numerosa multidão, moveu-se de compaixão para ela e curou seus doentes.

O milagre da multiplicação dos pães e dos peixes. Jacopo Tintoretto (1518/19–1594), Metropolitan Museum of Art, New York
O milagre da multiplicação dos cinco pães e dos dois peixes.
Jacopo Tintoretto (1518/19–1594), Metropolitan Museum of Art, New York
“15. Caía a tarde. Agrupados em volta dele, os discípulos disseram-lhe: Este lugar é deserto e a hora é avançada. Despede esta gente para que vá comprar víveres na aldeia.

“16. Jesus, porém, respondeu: Não é necessário: dai-lhe vós mesmos de comer.

“17. Mas, disseram eles, nós não temos aqui mais que cinco pães e dois peixes.

“18. Trazei-mos, disse-lhes ele.

“19. Mandou, então, a multidão assentar-se na relva, tomou os cinco pães e os dois peixes e, elevando os olhos ao céu, abençoou-os. Partindo em seguida os pães, deu-os aos seus discípulos, que os distribuíram ao povo.

“20. Todos comeram e ficaram fartos, e, dos pedaços que sobraram, recolheram doze cestos cheios.

“21. Ora, os convivas foram aproximadamente cinco mil homens, sem contar as mulheres e crianças.” (São Mateus 14, 13-21)

Jesus continuou pregando na região até que, sentindo que os tempos tinham chegado, voltou para Jerusalém.

Ele sabia que ia cumprir o supremo holocausto para a Redenção dos homens:

“17. Subindo para Jerusalém, durante o caminho, Jesus tomou à parte os Doze e disse-lhes:

“18. Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte.

“19. E o entregarão aos pagãos para ser exposto às suas zombarias, açoitado e crucificado; mas ao terceiro dia ressuscitará.” (São Mateus, 20, 17-19)

No fim de sua vida pública, Jesus Cristo desceu até Jerusalém.

Então Ele fez uma entrada triunfal na capital de Davi e Salomão, que é comemorada no Domingo de Ramos. Vendo isso, o Sinédrio tramou sua morte.

A Paixão transcorreu muito rapidamente. Na sexta-feira da mesma semana, o Sinédrio já tinha conseguido completar a conspiração e Lhe havia dado Morte no alto do Calvário.

Porém, Jesus ressuscitou. E logo após a Ressurreição, encaminhou-se para a única região que O tolerava: a Galileia.

Quando apareceu a Santa Maria Madalena “e à outra Maria” junto ao Santo Sepulcro “disse-lhes Jesus: ‘Não temais! Ide dizer aos meus irmãos que se dirijam à Galileia, pois é lá que eles me verão’” (São Mateus 28, 10)

Betsaida: casa dos três Apóstolos na praia de  Kinneret. Crédito: Zachary Wong.
Betsaida: casa dos três Apóstolos na praia de  Kinneret. Crédito: Zachary Wong.
Entretanto, após a Ascensão aos Céus, Betsaida teve um fim tremendo.

A cidade, juntamente com Cafarnaum e Corazim, foi amaldiçoada por Jesus, que predisse a completa destruição das três durante seu ministério na Galileia.

No Evangelho de Mateus, Jesus lança três “ais” contra as três cidades (Corazim, Betsaida e Cafarnaum), por não terem feito penitência, nem mesmo após os grandes milagres que Ele realizou nelas.

E até as increpou, dizendo que no Dia do Juízo haverá menos rigor para os habitantes das cidades pagãs de Tiro, Sidônia e Sodoma que para os dessas três cidades judaicas.

21. Ai de ti, Corazim! Ai de ti, Betsaida! Porque se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio, há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e a cinza.

22. Por isso vos digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Tiro e para Sidônia que para vós!

23. E tu, Cafarnaum, serás elevada até o céu? Não! Serás atirada até o inferno! Porque, se Sodoma tivesse visto os milagres que foram feitos dentro dos teus muros, subsistiria até este dia.

24. Por isso te digo: no dia do juízo, haverá menor rigor para Sodoma do que para ti! (Mt 11:20-24)

Pelos anos 30/31 ela foi toda reformada como cidade greco-romana pelo rei judeu Filipe, o Tetrarca.

Esse rei de costumes paganizados lhe trocou o nome para Julias, em louvor da mulher do imperador Augusto, segundo o historiador judeu contemporâneo Flavio Josefo, referido pelo jornal francês “Le Figaro”.

Betsaida restos da cidade romana de Julias construída sobre a cidade amaldiçoada por Jesus.
Restos da cidade romana de Julias construída sobre Betsaida amaldiçoada por Nosso Senhor
A nova cidade acabou sendo arrasada na Grande Revolta Judaica contra Roma, iniciada no ano 67 e terminada desastrosamente em 70.

O historiador Flavio Josefo (Vida 399-403) diz ter sido ferido em combate perto das muralhas de Julias, citado pelo jornal israelense “Haaretz”.

Hoje, os arqueólogos que foram à procura dos restos dessas cidades afirmam ter encontrado suas ruínas.

“Achamos o que parece ser a cidade dos três apóstolos, onde Jesus multiplicou os pães e os peixes”, declarou à Agência Efe o arqueólogo Mordejai Aviam, do israelense Kinneret College, que escava o local há três anos.

O lugar coincide com o Novo Testamento e hoje constitui a Reserva Natural do Vale de Betsaida.

Junto com sua equipe de mais de 25 arqueólogos e voluntários, Aviam tinha descoberto no local uma capa do período das Cruzadas, uma feitoria de açúcar do século XIII, um mosteiro e provavelmente uma igreja.

Escavando ainda mais, eles encontraram objetos da cidade greco-romana enterrados dois metros abaixo.

“Existem moedas, cerâmica, um mosaico, paredes e umas termas de estilo romano, o que nos leva a crer que não se tratava simplesmente de um povoado, mas de uma grande cidade romana”, explicou Aviam.

O Dr. Mordejai Aviam que dirigiu os trabalhos.
O Dr. Mordejai Aviam que dirigiu os trabalhos.
Aviam tem certeza de que os objetos descobertos provam ser esse o local do milagre da multiplicação dos cinco pães e dois peixes, afastando outras teorias arqueológicas que imaginam o grande evento evangélico em outros pontos da Galileia.

Para Aviam, a identificação de um banho público, como era costume greco-romano, “atesta a existência de uma cultura urbana”, citou o “Haaretz”.

O local exato mais provável é chamado Tabgha (Sete Fontes) que se encontra na costa norte do Mar da Galileia, na estrada que sai de Cafarnaum.

Ali há uma igreja beneditina onde está a pedra sobre a qual Jesus teria operado o “milagre dos cinco pães e dois peixes”.

A “pedra da multiplicação” é grande e irregular, e era venerada numa capela destruída pelos muçulmanos mas foi recuperada em 1930.

Nas escavações apareceu um mosaico com um cesto, peixes e pães. Uma grande igreja desaparecida teria sido também encontrada.

É o que fazem pensar paredes com ricos vidros dourados formando um mosaico, sinal de uma igreja abastada e importante.

Willibald, bispo de Eichstätt, na Baviera, que visitou a Terra Santa em 725, descreve sua visita a uma igreja em Betsaida, construída sobre a casa de São Pedro e Santo André, acrescentou o “Haaretz”. 

Hoje as ruínas de Betsaida saem à luz testemunhando a maravilhosa pregação de Nosso Senhor e alguns de seus mais portentosos milagres.

Mas, também, do tremendo abandono em que incorreu até desaparecer de todo por ter recusado os apelos divinos à penitência e à conversão.



Vídeo: Escavações em Betsaida, desde drone







segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Pirâmides macabras no México
e o juízo bíblico dos deuses pagãos: “são demônios”

Máscara da divindade Tezcatlipoca, o cruel deus que habitaria na Mãe Terra, algo vagamente comparável à divindade Pachamama ou à deusa Gaia de recente invenção ecologista. Museu Britânico
Máscara de Tezcatlipoca, o cruel deus que habitaria na Mãe Terra,
algo vagamente comparável à divindade Pachamama
ou à deusa Gaia de recente invenção ecologista. Museu Britânico
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Por vezes é tido como moderno apresentar o índio como arquétipo de uma vida integrada na natureza, em pacífica relação com seus congêneres, adorando deidades em harmonia com o meio ambiente.

Alguns até os elevam a patrimônio da humanidade, a ser preservado sem influência da civilização, a fim de exibirem seu modelo de vida ao homem moderno em crise.

Eles teriam vivido nus em um sistema perfeito, tendo a mata como único teto antes da chegada de missionários e civilizadores.

Mas isso é bem assim?

As Sagradas Escrituras, quando se referem aos pagãos e a seus deuses, fazem-no com horror e execração. O Salmo 95 reza “todos os deuses dos gentios são demônios” (“Omnes dii gentium, daemonia”) (Salmo 95, 5).

Recentes trabalhos de brigadas de arqueólogos na Cidade do México fornecem dados palpáveis, gigantes e irretorquíveis para responder à questão.

O caso começa com o cronista espanhol Francisco López de Gómara (nascido em 1511), que deixou um frio e apavorante relato sobre o que encontrou no México. Recentemente foi referido pelo jornal espanhol “ABC”.

Ele descreve um sinistro monumento que os companheiros do conquistador Hernán Cortés viram em Tenochtitlán, a capital do império asteca.

Uma fabulosa pirâmide, cuja estrutura era constituída por cento e trinta mil crânios atravessados por ripas.

Em apoio ao aterrorizante relato, o cronista cita seus companheiros Andrés de Tapia e Gonzalo de Umbría que também viram a tétrica construção e a referiram.

O nome do macabro prédio é tzompantli. Acredita-se que as vítimas que serviram de ‘tijolos’ teriam sido inimigos sacrificados e oferecidos à glória dos deuses.

Antiga crônica espanhola descreve o diabólico templo
Porém, López de Gómara falou pormenorizadamente dessa estrutura como sendo um monumento que visava mais à deleitação social que à vingança bélica.

A explicação do cronista está no capítulo 106 de sua “Historia de las conquistas de Hernando Cortés”:

“Do lado de fora do templo, diante da porta principal, havia um ossário de cabeças de homens presos na guerra e sacrificados com faca. (...) no qual estavam inseridas entre pedra e pedra as caveiras com os dentes para o lado de fora”.

Segundo a crônica, o perverso monumento era completado por duas torres cheias de cabeças, cujas colunas haviam sido feitas com cal e restos humanos.

A maioria dos historiadores advogava com uma ponta de condescendência que nesse tipo de mausoléu os índios astecas só empregavam restos de homens mortos na guerra.

Porém, as investigações ainda em andamento sobre os ossos recuperados apontam que foram sacrificadas também mulheres e crianças.

Um desses macabros ossários foi descoberto em 2015 perto do “Templo Mayor”, um dos mais destacados da antiga Tenochtitlán, hoje Cidade de México, onde foram contados 657 crânios, muitos dos quais de crianças e mulheres.

Rodrigo Bolaños, um dos antropólogos a cargo da investigação, não sai de seu espanto.

Na base das pirâmides macabras encontra-se um altar, cuja função era meramente ritual e de culto: nele eram mortas as vítimas que “ornavam” as repugnantes construções.

Esses se encontram hoje embaixo da terra, pois a Cidade do México cristã foi construída sobre a cidade pagã.

Sacrifício incruento da Santa Missa: o culto verdadeiro a Deus na Igreja verdadeira colide com os ritos pagãos de inspiração demoníaca
Sacrifício incruento da Santa Missa:
o culto verdadeiro a Deus na Igreja verdadeira
colide com os ritos pagãos de inspiração demoníaca
Uma das escavações avança junto à Catedral da capital mexicana, erigida sobre o antigo Templo Mayor.

Nessa magnífica catedral católica se celebra desde o primeiro momento a renovação incruenta do sacrifício da Cruz para redimir os homens e livrá-los do poder de Satanás, a quem podem facilmente escravizar-se sem o auxílio da graça.

Duas concepções visceralmente antagônicas: a católica e a pagã.

Porém, essa escavação ainda não conseguiu chegar até a base do tzompantli, que parece ser o maior dos obeliscos de culto.

Segundo a historiadora e investigadora Emilie Carreón Blaine, autora de dossiês científicos como “Tzompantli, forca e pelourinho”, o termo asteca vem sendo traduzido como “andaime de crânios”, “altar de crânios”, “enfileiramento de cabeças” ou “plataforma de caveiras”.

O tzompantli estava montado em função do altar de pedra, que segundo o arqueólogo Robert H. Cobean podia ter “mais de 50 metros de cumprimento”, incluindo uma escadaria central.

Na sua parte mais alta havia um andaime de madeira onde se penduravam os crânios que acabavam de ser perfurados ou as cabeças dos humanos sacrificados perpassadas por ripas ou estreitos postes de madeira.

A dimensão do satânico altar faz pensar num contínuo ou intenso massacre religioso.

Discute-se a finalidade do tzompantli. Sob o influxo das apologias modernas do tribalismo, alguns tentam dizer que tinha um sentido mágico-místico que foi perversamente interpretado pelo catolicismo dos conquistadores espanhóis.

Até chegam a dizer que os astecas rendiam um culto à vida através dessas hecatombes!

Mas para o historiador Agustín García Márquez não há dúvidas que o altar estava consagrado intimamente ao culto da morte. Os cronistas da época testemunham que os indígenas diziam sacrificar neles as vítimas aos deuses.

O tzompantli desenterrado em 2015 era apenas um dos oito instalados dentro do ‘Templo Mayor’ de Tenochtitlán.

O historiador mexicano Alfredo López Austin cita informantes indígenas que o mencionam como sendo “o mais elevado de todos os do local”.

Cada um dos oito locais de sacrifícios humanos estava dedicado a uma deidade concreta, em cujo louvor as cabeças dos sacrificados eram exibidas.

No altar do deus Tezcatlipoca – também chamado “deus do espelho fumegante” –, uma imensa caveira representava a misteriosa e cruel deidade da tentação e da noite.

Estrutura de caveiras do Gran Tzompantli da antiga Tenochtitlán inclui de mulheres e crianças sacrificadas à Mãe Terra. Foto: National Geographic
Estrutura de caveiras do Gran Tzompantli da antiga Tenochtitlán
inclui de mulheres e crianças sacrificadas à Mãe Terra. Foto: National Geographic
Segundo a falsa crença, ele habitaria na Mãe Terra, algo vagamente comparável à divindade Pachamama ou à deusa Gaia de recente invenção ecologista.

O missionário franciscano Bernardino de Sahagún fala em sua crônica Suma indiana de uns desses templos da morte mais importantes que os outros.

“O quadragésimo primeiro prédio se chamava Hueitzompantli e estava em frente do Huitzilopochtili, onde ficavam as cabeças dos cativos ali sacrificados”.

Hoje é mais conhecido como Huytzompantli e nele os rituais e cerimônias aconteciam durante todo o ano.

Esse seria precisamente o local do luciferino monumento – cujo altar tem 34 metros de cumprimento – desvendado em 2015 pelos arqueólogos no centro histórico da Cidade de México.

Uma parte desse altar de 45 centímetros de espessura, 13 metros de cumprimento e seis metros de largura está recoberto com uma massa feita de mandíbulas e fragmentos de crânios.

35 desses podem se contabilizar, mas supõe-se que muitos outros devem ter sido empregados, segundo explicou Raúl Barrera, diretor do Programa de Arqueologia Urbana mexicano.

Até agora não foi desenterrada toda a base do altar, cuja dimensão total ainda é desconhecida. Em qualquer caso, os arqueólogos acham com toda certeza que esse é o Huytzompantli de que falam as antigas crônicas.

As Sagradas Escrituras nos ensinam que “todos os deuses dos pagãos são demônios” (“Omnes dii gentium, daemonia”) (Salmo 95, 5).

As escavações em andamento na Cidade do México nos fornecem mais uma confirmação clamorosa da verdade desse juízo divinamente revelado.



Vídeo: O Huey Tzompantli do Templo Mor de Tenochtitlan descrito pelo Instituto Nacional de Antropología e História do México





Contraste ovante com a Missa católica (em rito dominicano, privilégio dessa ordem)



segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Restauração do Santo Sepulcro: visão de conjunto

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Em diversos posts tivemos oportunidade de abordar o noticiário sobre os trabalhos científicos e de restauração operados no Santo Sepulcro neste ano.

Esses já foram felizmente concluídos e a visitação e cerimônias retomaram como antigamente.

A pedido da revista “Catolicismo”, Nº 799, Julho/2017, compusemos um artigo que resume todo o que publicamos e acrescenta alguns comentários.

O leitor interessado e/ou paciente poderá achar vantagem nesta visão de conjunto de todos os dados que possuímos até a presente data.

E por isso a reproduzimos a continuação.


Posts já publicados:

O Santo Sepulcro de Jesus Cristo aberto após séculos para exame científico

O Santo Sepulcro aberto, a Ressurreição de Jesus Cristo e a “ressurreição” da Igreja em nossos dias

Cientistas identificam mistérios na abertura do Sepulcro de Cristo

Santo Sepulcro: um “túmulo vivo”: um vazio cheio da presença de Cristo 



“É aqui mesmo!”


Essa foi a exclamação de cientistas ao abrirem recentemente o Santo Sepulcro de Jesus Cristo, o qual voltou a ver a luz após mais de cinco séculos.

Eles constataram que, apesar de dois milênios de grandes vicissitudes, a venerável pedra onde repousou o Corpo de Nosso Senhor está intacta no mesmo lugar.

Pela primeira vez em quase dois milênios, cientistas puderam entrar em contato com a pedra original sobre a qual foi depositado o Santíssimo Corpo de nosso Divino Salvador envolvido em panos mortuários, dos quais o mais famoso é o Santo Sudário de Turim.

Essa sagrada pedra se encontra na igreja do Santo Sepulcro, na parte velha de Jerusalém, e está coberta por uma lápide de mármore que data pelo menos do ano 1555, ou quiçá de séculos anteriores.

“O que achamos é surpreendente”, explicou o arqueólogo Fredrik Hiebert, da “National Geographic Society”. “Passei um tempo na tumba do faraó egípcio Tutancâmon, mas isto é mais importante”, afirmou.

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Pesquisa revela que os monges vivem mais que os leigos

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Para surpresa do pesquisador alemão Mark Luy, professor da área de análises demográficas, os monges que levam uma vida de isolamento e castidade nos mosteiros são mais longevos do que os leigos com suas comodidades e lazeres.

O trabalho do pesquisador foi divulgado em vídeo pela Deustche Welle, grupo de mídia oficial do governo alemão. 

Mais precisamente, os monges vivem em média cinco anos a mais que o comum da população masculina.

Leia a continuação o texto do vídeo da Deutsche Welle , com a concisão própria à imagem. O vídeo é reproduzido abaixo


Os fatores decisivos não são genéticos, mas não biológicos, revelou o estudo.

Um lugar de fé talvez não pareça o ambiente certo para resolver enigmas científicos.

A rotina aqui quase não muda. Segue regras antigas de séculos atrás.

O que se tem então para descobrir?

Faz mais de cem anos que um pesquisador veio aos mosteiros alemães estudar o quotidiano dos monges e monjas.

segunda-feira, 17 de julho de 2017

Corpo incorrupto de Santa Bernadette:
o que viram os médicos forenses nas exumações

Urna com o corpo de Santa Bernadette em Nevers
Rosto de Santa Bernadette em Nevers
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A incorruptibilidade do corpo de Santa Bernadette Soubirous é um dos casos mais assombrosos e estudados pela medicina. Veja nossa página sobre CORPOS INCORRUPTOS clicando aqui

A grande festa de Lourdes se comemora em 11 de fevereiro e a festa de Santa Bernadette em 18 de fevereiro na França, e em 16 de abril alhures.

Desde 3 de agosto de 1925, o corpo intacto da Santa se encontra exposto numa urna de cristal na capela do convento de Saint-Gildard, na cidade de Nevers, França. A cidade fica na Borgonha, a 260 km ao sul-suleste de Paris.
Clique para ver onde fica Nevers
Assim informa uma inscrição ao lado do corpo da Santa na mesma capela:
“O corpo de Santa Bernadette repousa nesta capela desde 3 de agosto de 1925.

“Ele está intacto e “como se estivesse petrificado” segundo foi reconhecido pelos médicos juramentados e pelas autoridades civis e religiosas por ocasião das exumações de 1909, 1919 e 1925.

“O rosto e as mãos, que escureceram no contato com o ar, foram recobertos com ligeiras camadas de cera, moldadas segundo os modelos recolhidos diretamente.

“A posição inclinada para o lado esquerdo foi assumida pelo corpo no túmulo.”

Vejamos, entretanto, o que disseram os médicos responsáveis pelas perícias praticadas sobre o corpo da Santa nas diversas ocasiões mencionadas na inscrição.

Primeira exumação

Em 22 de setembro de 1909, trinta anos após o velório, seu cadáver foi exumado pela primeira vez e o corpo encontrado intacto.

Os Drs. Ch. David e A. Jordan, que conduziram esta primeira exumação, escreveram no relatório da perícia:

“O caixão foi aberto na presença do Bispo e do Prefeito de Nevers, seus principais representantes e diversos religiosos.

“Não notamos nenhum odor.

“O corpo estava vestido com o Hábito da Ordem a que pertencia Bernadette. O Hábito estava úmido.

“Apenas a face, mãos e antebraços estavam descobertos.

“A cabeça estava inclinada para a esquerda. A face estava lânguida e branca. A pele estava apegada aos músculos e estes apegados aos ossos.

Santa Bernadette, foto (detalhe acima e conjunto) tirada entre após a última exumação (18 de abril 1925) e antes de ser guardada na urna atual (18 de julho 1925)
Santa Bernadette, foto (detalhe acima e conjunto)
tirada entre após a última exumação (18 de abril 1925)
e antes de ser guardada na urna atual (18 de julho 1925).
A santa faleceu em 16 de abril de 1879, 46 anos antes da foto.
“As cavidades oculares estavam cobertas pelas pálpebras [...]

“Nariz dilatado e enrugado. Boca levemente aberta e se podia ver os dentes no lugar.

“As mãos, cruzadas sobre o peito, estavam perfeitamente preservadas, bem como suas unhas. As mãos seguravam um terço. Podia se observar as veias no antebraço.

“Os pés estavam enrugados e as unhas intactas.

“Quando o Hábito foi removido e o véu levantado de sua cabeça, pode se observar um corpo rígido, pele esticada [...]

“Seu cabelo estava com um corte curto e bem preso à cabeça. As orelhas estavam em perfeito estado de conservação [...]

“O abdome estava esticado, assim como o resto do corpo. Ao ser tocado, tinha um som como de papelão.

“O joelho direito estava mais largo que o esquerdo.

“As costelas e músculos se observavam sob a pele [...]

“O corpo estava tão rígido que podia ser virado para um lado e para o outro [...]

“Em testemunho de que temos corretamente escrito esta presente declaração, a qual representa a verdade em sua totalidade.

Nevers, 22 de setembro de 1909, Drs. Ch. David, A. Jourdan.” Fonte: Wikipedia, em português -- Font: Catholic Pilgrims, em inglês


Segunda exumação

Em 1919, dez anos depois da primeira exumação, realizou-se uma segunda exumação do corpo de Santa Bernadette, conduzida desta vez pelos Doutores Talon e Comte, com a presença do Bispo da cidade de Nevers, bem como do Delegado de Polícia e representantes da Prefeitura e da Igreja.
Santa Bernadette em seu velório, abril 1879, Nevers
Santa Bernadette em seu velório, abril 1879, Nevers

A situação encontrada foi exatamente a mesma da primeira exumação.

Eis alguns excertos do relatório final do Dr. Comte, sobre esta segunda perícia:

“Deste exame, concluo que permanece intacto o corpo da Venerável Bernadette, esqueleto completo, músculos atrofiados, mas bem preservados; apenas a pele, que estava enrugada, pelos efeitos da umidade do caixão.[...]

“O corpo não estava em putrefação nem decomposição, o que seria esperado como normal, após quarenta anos de seu sepultamento.

“Nevers, 3 de abril de 1919, Dr. Comte” Fonte: Wikipedia, em português. -- Font: Catholic Pilgrims, em inglês

Terceira exumação

Por fim, a 18 de novembro de 1923, Sua Santidade o Papa Pio XI assinou decreto reconhecendo a heroicidade das virtudes de Bernadette.

Após a beatificação da Santa, foi efetivada uma terceira exumação em 12 de Junho de 1925. O objetivo era a retirada de “relíquias” de seu corpo. A canonização viria oito anos mais tarde, em 1933.

Sobre esta última exumação, escreveu o Dr. Comte em seu relatório, em termos forenses que por vezes espantam aos leigos, mas que nos permitem medir com exatidão o grau da incorruptibilidade do corpo da vidente de Lourdes:

Santa Bernadette morreu sentada nesta poltrona, museu de St-Gildard, Nevers
Santa Bernadette morreu sentada nesta poltrona,
museu de St-Gildard, Nevers
“Eu queria abrir o lado esquerdo do tórax para retirar algumas costelas e então remover o coração, o qual eu tinha certeza que estaria intacto.

“Porém, como o tronco estava levemente apoiado no braço esquerdo, haveria dificuldade em ter acesso ao coração.

“Como a Madre Superiora expressou o desejo de que o coração de Santa Bernadette não fosse retirado, bem como também este era o desejo do Bispo, mudei de ideia de abrir o lado esquerdo do tórax e apenas retirei duas costelas do lado direito, que estavam mais acessíveis.

“O que mais me impressionou durante esta exumação foi o perfeito estado de conservação do esqueleto, tecidos fibrosos, musculatura flexível e firme, ligamentos e pele após quarenta e seis anos de sua morte.

“Após tanto tempo, qualquer organismo morto tenderia a desintegra-se, a se decompor e adquirir uma consistência calcária.

“Contudo, ao cortar, eu percebi uma consistência quase normal e macia.

“Naquele momento, eu fiz esta observação a todos os presentes de que eu não via aquilo como um fenômeno natural.” Fonte: Wikipedia, em português -- Font: Catholic Pilgrims em inglês

Naquela época foi confeccionada a urna de cristal que guarda o corpo de Santa Bernadette.

As freiras cobriram seu rosto e as mãos com uma camada fina de cera.

Urna com o corpo de Santa Bernadette em Nevers
Urna com o corpo de Santa Bernadette em Nevers
A urna se encontra hoje numa bela capela fora da clausura para que possa ser visitada.

O corpo milagrosamente preservado de Santa Bernadette encoraja os visitantes a imitarem a vida de Santa Bernadette e levarem a sério as mensagens transmitidas pela vidente da Imaculada Conceição.



Vídeo: Corpo incorrupto de Santa Bernadette



Fontes: em inglês: http://www.catholicpilgrims.com/lourdes/bb_bernadette_body.htm 
e em português: http://pt. wikipedia.org/wiki/Bernadette_Soubirous



A verdadeira fisionomia de Santa Bernadette
Breve resumo da vida de Santa Bernadette
Como foi a 1ª aparição: à procura de gravetos para suportar o frio
O inefável da Gruta de Lourdes
A casa natal de Santa Bernadette: muita simplicidade mas nada de vulgaridade
A tragédia da família de Santa Bernadette
Santa Bernadette parte para o Céu

segunda-feira, 19 de junho de 2017

A mais antiga fábrica de vinho e o episódio do Patriarca Noé

Luis Dufaur
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A mais antiga unidade de produção de vinho jamais encontrada tem cerca de 6 mil anos. Ela foi desvendada na Armênia segundo noticiou o diário de Paris “Le Monde”.

Os arqueólogos até identificaram a safra de vinho tinto seco ali produzida, utilizando técnicas bioquímicas.

A descoberta foi publicada na revista científica Journal of Archaeological Science.

O estudo foi realizado em conjunto por órgãos acadêmicos e científicos dos Estados Unidos, Irlanda e Armênia.

“Essa é a mais antiga instalação para fabricação de vinho já conhecida no mundo”, explicou Gregory Areshian, responsável pelos trabalhos e vice-diretor do Instituto de Arqueologia Cotsen, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA).

Cavernas de Areni, Armênia, local da descoberta
As escavações foram feitas num complexo de cavernas, conhecido como Areni-1, na província armênia de Vayots Dzor, Pequeno Cáucaso, perto da fronteira da Armênia com o Irã. O vinho se destinava para o culto.

Perto de uma prensa de vinho foi também identificada uma videira desidratada, cultivada em torno de 4.000 a.C.

A mais antiga produção vinícola até então conhecida era a encontrada no túmulo do rei egípcio Scorpion I, antiga de 5.100 anos.

A fábrica de vinho
Na mesma caverna da Armênia, a equipe desenterrou em 2009 o sapato de couro mais antigo do mundo, com aproximadamente 5.500 anos.

As uvas eram esmagadas numa bacia de argila rasa com cerca de 1 metro de diâmetro. Em volta dela foram recolhidas sementes e uvas secas. O suco era obtido pisando descalço sobre as frutas, disse Areshian.

Foram recolhidos equipamentos de cobre para processar o vinho, vasos impregnados do vinho e até uma taça e um bol.

“Essa foi uma instalação relativamente pequena, relacionada a um ritual dentro da caverna. Para o consumo diário, os moradores teriam prensas muito maiores em estabelecimentos normais”, acrescentou Areshian, que também foi primeiro-ministro adjunto do primeiro governo da República da Armênia independente, em 1991.

Na região dessas cavernas a cultura do vinho é muito antiga e são produzidos bons vinhos tintos das cepas Merlot e Cabernet Sauvignon.

Uvas secas no local
Patrick McGovern, diretor científico do Laboratório de Arqueologia Biomolecular do Museu da Universidade de Pensilvânia, e autor de livros sobre a origem do vinho, mostrou que o tipo de semente recolhida — Vitis vinifera vinifera — continua sendo aproveitada na região.

McGovern lembrou que “até nas regiões baixas como o antigo Egito onde reinava a cerveja, se exigia vinhos especiais nos oferecimentos funerários; e grandes volumes de vinho eram consumidos nas maiores festas religiosas e reais”.

Num livro, McGovern defende que a “cultura do vinho” se desenvolveu primeiro nas regiões montanhosas da Armênia, a partir das quais se espalhou para as planícies do sul, e posteriormente para o mundo todo.

A descoberta arqueológica sugere uma interessante aproximação.

A bacia
Segundo a tradição bíblica a Arca de Noé teria se detido na Armênia, após o dilúvio. E ali teriam descido o Patriarca e seus descendentes.

Provavelmente, ali também teria acontecido o fato descrito na Bíblia em que Noé bebeu do vinho e perdeu os sentidos.

Esta nova descoberta fornece um apoio científico colateral ao relato bíblico.

Aproximação ou apoio colateral não é prova linear, mas ajuda a compor o quadro do acontecimento histórico. E, nesse sentido, fala em favor dos fatos narrados na Bíblia.

O fato de a outra fábrica de vinho mais antiga se encontrar no Egito, mil anos mais nova, nos leva a perguntar se nesse milênio ‒ quer dizer entre o ano 6.000 a.C. da fábrica de vinho armênia e 5.100 a.C. da egípcia ‒ não teria acontecido a dispersão dos povos.

Após a dispersão dos povos, estes teriam partido levando os conhecimentos que eram comuns a todos eles. O fabrico e consumo do vinho, entre eles.

O Patriarca Noé
Entretanto, a datação do dilúvio, referência histórica anterior a Babel, e a dispersão apresentam dificuldades que tomariam o espaço de outro post.

A existência e as características do dilúvio são as mais universais das tradições recolhidas nos povos mais afastados, inclusive entre os índios do Brasil.

Assim ensina o Gênesis, 9, sobre o episódio de Noé e o vinho:

20. Noé, que era agricultor, plantou uma vinha.

21. Tendo bebido vinho, embriagou-se, e apareceu nu no meio de sua tenda.

22. Cam, o pai de Canaã, vendo a nudez de seu pai, saiu e foi contá-lo aos seus irmãos.

23. Mas, Sem e Jafet, tomando uma capa, puseram-na sobre os seus ombros e foram cobrir a nudez de seu pai, andando de costas; e não viram a nudez de seu pai, pois que tinham os seus rostos voltados.

24. Quando Noé despertou de sua embriaguez, soube o que lhe tinha feito o seu filho mais novo.

25. “Maldito seja Canaã, disse ele; que ele seja o último dos escravos de seus irmãos!”

26. E acrescentou: “Bendito seja o Senhor Deus de Sem, e Canaã seja seu escravo!

27. Que Deus dilate a Jafet; e este habite nas tendas de Sem, e Canaã seja seu escravo!”




segunda-feira, 8 de maio de 2017

Segundo maior sítio arqueológico da região de Jerusalém
confirma abolição do culto aos ídolos por Ezequias

Laquis ou Tel Lachish, vista aérea do maior sítio arqueológico perto de Jerusalém
Laquis ou Tel Lachish: vista aérea do maior sítio arqueológico perto de Jerusalém
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A antiga porta da cidade de Laquis (Tel Lachish em hebraico), que servia de templo idolátrico e foi demolida pelo rei Ezequias no século VIII a.C., foi identificada e desenterrada por cientistas de Israel, noticiaram sites voltados para a arqueologia, como Live Science.

As ruínas desse portão-santuário confirmaram aquilo que a Bíblia nos transmite a respeito de Ezequias, 12º rei de Judeia, que se empenhou em abolir o culto aos ídolos, reconheceu a Autoridade de Israel para as Antiguidades (IAA, na sigla em inglês).

O rei Acaz, pai de Ezequias, era tido em conta de deidade. Por isso, assim que Ezequias assumiu o trono, ordenou a destruição em todo o reino dos ídolos de qualquer tipo, incluindo objetos com formas humanas ou animais que o povo cultuava achando que tinha algo de divino.

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Santo Sepulcro: um “túmulo vivo”:
um vazio cheio da presença de Cristo

O Santo Sepulcro  um “túmulo vivo”, um vazio cheio da presença de Cristo
O Santo Sepulcro  um “túmulo vivo”, um vazio cheio da presença de Cristo
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Um inesperado desarranjo em máquinas de alta tecnologia surpreendeu os cientistas que trabalhavam na restauração da Edícula.

Essa é uma capelinha construída no século XIX sobre o Santo Sepulcro na grande igreja que resguarda o local da Crucificação e da Ressurreição de Jesus Cristo em Jerusalém, informou a EWTN.

Uma equipe de cientistas internacionais muito qualificados foi autorizada a chegar até a própria pedra sobre a qual repousou o corpo sagrado do Redentor. E informaram que durante os trabalhos aconteceram fenômenos estranhos.

Bem analisados, eles vêm em apoio não só da autenticidade do Santo Sepulcro, mas também do Santo Sudário guardado em Turim, o qual continua sendo objeto de intensos trabalhos de estudo por um vasto leque de ciências.

O fato aconteceu na basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém, nos dias 26, 27 e 28 de outubro de 2016. Além dos cientistas, ele foi testemunhado pelas autoridades religiosas que vigiavam o andamento da remoção da placa de mármore que cobre o túmulo de Cristo.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Arqueólogos e peritos policiais investigam casas de Lutero
e descobrem fatos sobre o fundador do protestantismo

Casa natal de Lutero em Eisleben
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A arqueologia às vezes traz surpresas onde menos se imaginaria. É o caso, ao menos, da vida privada do heresiarca Martinho Lutero, fundador do protestantismo.

O "Der Spiegel", a maior revista alemã, já publicou singular reportagem com fundamento arqueológico e policial, sobre o iniciador da Revolução Protestante cujos 500 anos se comemoram em 2017.

As descobertas fizeram parte duma exposição que verteu nova luz sobre a vida privada do frade que abandonou sua religião, informou Der Spiegel. A amostra ficou aberta ao público no Museu de Pré-História do Estado Alemão em Halle, entre 2008 e 2009.

Compreende-se que não tenha durado muito.
O catálogo descreve o conteúdo da exibição como "sensacional", dizendo que ele nos permite reexaminar "capítulos inteiros da vida humana" do ex-frade, escreveu Der Spiegel.
As escavações no Mosteiro de Wittenberg onde ele viveu longamente foram conduzidas pelo arqueólogo Mirko Gutjahr.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Os mais antigos retratos dos Apóstolos
estão sendo recuperados nas Catacumbas

São Paulo no medalhão Embaixo Abraão e Issac.  Túmulo de uma aristocrática dama romana anexo à catacumba de Santa Tecla, Roma
São Paulo no medalhão.
Túmulo de uma aristocrática dama romana
anexo à catacumba de Santa Tecla, Roma
Luis Dufaur
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Em 2010 foram descobertos os retratos mais antigos dos Apóstolos São Pedro, São Paulo, São João e Santo André.

Eles estavam numa catacumba recuperada sob um moderno prédio de uma empresa de seguros em Roma.

As imagens datam da segunda metade do século IV e decoram o teto do túmulo de uma aristocrática dama cristã ligado à catacumba de Santa Tecla.

Eles vinham sendo trabalhados pelos restauradores com técnicas laser para queimar acumulações sedimentares seculares de sais e desvendar os originais em todo seu esplendor.

Os rostos dos Apóstolos aparecem em medalhões nos quatro cantos da sala principal.

Eles fazem parte de um conjunto pictórico mais vasto que rodeia uma imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo apresentado como o Bom Pastor, que foi sendo revelado em fases sucessivas.

“Estas são as primeiras imagens dos Apóstolos”, anunciou Fabrizio Bisconti, superintendente das catacumbas, por indicação da Comissão Pontifícia para a Arqueologia Sagrada, citado por Fox News.

As cores predominantes são o ocre, o preto, o verde e o amarelo.

As catacumbas contêm algumas das primeiríssimas provas do culto e devoção aos Apóstolos no nascente cristianismo, explicaram representantes do Vaticano.

No centro, Jesus como o Bom Pastor, nos ângulos os Apóstolos Pedro, Paulo, João e André
No centro, Jesus como o Bom Pastor, nos ângulos os Apóstolos Pedro, Paulo, João e André
Barbara Mazzei, responsável pelo trabalho de restauração, disse que todas as descrições anteriores de São Pedro e São Paulo se encontravam em narrações escritas.

Mas agora temos seus rostos fixados nos quatro cantos da pintura do teto da sala subterrânea, num posicionamento devocional por natureza.

Por isso são os mais antigos ícones religiosos conhecidos até o presente, noticiou oportunamente o jornal “The Dallas Morning News”.

Barbara Mazzei explicou que, em atenção ao ano de São Paulo, comemorado em 2009, foi anunciada primeiramente a descoberta da pintura do Apóstolo das Gentes.

Leia mais sobre o verdadeiro rosto e sobre os restos de São Paulo:
Dois milênios após a morte de São Paulo restauradores descobriram sua mais antiga imagem
Sim! Aqui está o túmulo de São Paulo Apóstolo! Testes confirmam


Porém, os especialistas sabiam que uma crosta de carbonato de cálcio cobria mais imagens e que poderiam ser apresentadas a público somente após completar sofisticadas tarefas de limpeza.

Santo André
Santo André
Por fim, o momento do extraordinário anúncio chegou.

Apresentando as imagens aos jornalistas, monsenhor Giovanni Carru disse que as catacumbas “são um testemunho eloquente do Cristianismo em suas origens”.

A sala sepulcral da nobre romana católica passou a ser denominada “Cubículo dos Apóstolos” devido aos afrescos ali descobertos.

Já os especialistas a chamam de “O Colégio dos Apóstolos”, representado em torno do Bom Pastor.

Fabrizio Bisconti explicou que nas pinturas das catacumbas pode se contemplar “a gênese, as sementes da iconografia cristã”, desde o simples peixe usado para simbolizar a Cristo até o próprio Cristo ressuscitando a Lázaro.

“Esse foi o tempo em que o culto dos Apóstolos estava nascendo e se desenvolvendo” e a arte das catacumbas não pintava somente os mártires ou cenas bíblicas.

Na mesma sala há afrescos representando o profeta Daniel na cova dos leões, os três Reis Magos entregando presentes ao Menino Jesus, o sacrifício de Isaac por Abraão.

Numa outra parede está representada a nobre dama que teria mandado fazer as pinturas, ornada com joias, véu e um “estilo de penteado de cabelo”, símbolo de categoria social elevada na antiga Roma, acrescentou Bisconti.

São Pedro
São Pedro
Mazzei contou que quando os restauradores ingressaram na câmera mortuária em 2008, todas as paredes apareciam inteiramente brancas, cobertas pela crosta de carbonato de cálcio com 4 a 5 cm de espessura.

O Vaticano, entretanto, possuía documentos atestando que no local havia pinturas nas paredes e isso impulsionou a procura.

No passado os restauradores teriam usado bisturis e escovas de aço para remover a crosta branca, mas havia o perigo de danificar as pinturas procuradas.

O uso do laser resolveu o problema.

Temia-se, porém, que a umidade ambiente e a falta de ar pudesse prejudicar o uso da nova tecnologia.

Os pesquisadores tiveram que avançar cautelosamente, fazendo da iniciativa um “laboratório experimental” do aproveitamento do laser em condições extremas adversas.

São João
São João
A descoberta veio além do mais confirmar que a devoção aos Santos representados em imagens é própria do cristianismo original, devoção desenvolvida nas catacumbas e depois nas igrejas a céu aberto.

Ficou desprovida de fundamento a alegação feita por iconoclastas orientais, muçulmanos, protestantes e “modernistas” hodiernos, segundo a qual o uso e o culto de imagens não correspondem ao cristianismo autêntico e original.

Segundo essas versões anticatólicas e anti-históricas, o culto das imagens seria uma deturpação.

Tal perversão do culto, dizem eles, aconteceu quando os primeiros cristãos saíram das catacumbas e passaram a imitar os cultos pagãos que idolatravam esculturas de pedra, madeira ou pinturas antropomórficas.

O culto das imagens corresponde bem à Igreja desde seus primórdios, sendo merecedor de encômio no espírito da doutrina tradicional bimilenar do Catolicismo.

As catacumbas de Santa Tecla não estão abertas ao público em geral, mas pode se pedir autorização na referida comissão vaticana para visitas em grupo, guiadas por especialistas.


Vídeo: Vaticano apresenta as imagens mais antigas dos Apóstolos





Descubiertos los retratos más antiguos de San Juan, San Andrés y San Pablo (espanhol)




The oldest portraits of Sts. Andrew, John and Paul discovered (inglês)



segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

Sim! Aqui está o túmulo de São Paulo Apóstolo ! Testes confirmam

Túmulo de São Paulo, San Paolo fuori le mura, Roma
Altar sob o qual está enterrado São Paulo em Roma
Luis Dufaur
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No ano do segundo milênio do nascimento do Apóstolo das Gentes, o grande São Paulo, ficou confirmada a localização do túmulo do apóstolo martirizado em Roma.

Os restos de São Paulo foram venerados continuadamente durante séculos sob o altar papal da basílica de São Paulo extramuros (San Paolo fuori le mura, Roma).

Seu martírio ocorreu, porém, no local da atual abadia das Três Fontes.

Em tempos pagãos, nesse local havia um pântano. Quando os imperadores queriam fazer “desaparecer” um cristão sem chamar a atenção, o levavam lá para martirizá-lo.

São Paulo morreu decapitado. Sua cabeça foi posta sobre uma coluna e na hora tremenda do martírio caiu dando três tombos. No local de cada tombo abriu-se uma fonte.

Na Idade Média foi erigida uma abadia beneditina que existe até hoje, sendo visitada pelos peregrinos. É a Abbazia delle Tre Fontane.

Na Renascença foi erigida riquíssima igreja sobre as três fontes. Há um magnífico altar sobre cada uma delas. (foto embaixo)

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Milagres de Lourdes: exemplo de cooperação harmoniosa
entre a Igreja e a ciência

Luis Dufaur
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Um dos pontos mais delicados nas relações entre as ciências naturais e o mundo sobrenatural diz respeito ao milagre.

Tal vez em nenhuma parte do mundo este problema é tão central quanto no santuário de Lourdes.

O santuário recebeu mais de 300 milhões de peregrinos desde 1848. Destes, 20 milhões peregrinaram oficialmente enquanto doentes.

Um número infindo garante ter sido curado. Porém a maioria não abre o processo médico que poderá constatar a cura.

Dos que abriram processo, em 7.200 casos catalogados a medicina reconheceu que a cura era inexplicável à luz dos conhecimentos da época.

Desses 7.200 casos, apenas 67 foram proclamados oficialmente como milagres pela Igreja.

Esses 7.200 casos conformam um dos mais impressionantes conjuntos documentais em que a ciência confirma a Igreja.

Vejamos apenas um dos casos oficialmente proclamados pela Igreja: o de Jeanne Fretel.

A matéria foi reproduzida do blog “Lourdes e suas aparições” que traz informação seleta a abundante sobre esse santuário e os milagres ali operados.

Jeanne Fretel, nascida a 27 de maio de 1914 na Bretanha, teve uma infância sofrida: rubéola, escarlatina, difteria etc.

Em janeiro de 1938, quando conta vinte e quatro anos, é operada de apendicite no Hôtel-Dieu em Rennes. Depois disto, passará dez anos no hospital, praticamente sem interrupções. Primeiro tem que operar um quisto tuberculoso nos ovários, depois, uma peritonite tuberculosa que a acometeu, logo seguida por uma fístula estercoral.

É somente no fim da guerra que sai, finalmente, do hospital, porém aparece uma erisipela, em seguida um hallux valgus bilateral, finalmente uma osteíte do maxilar superior, que não lhe deixou mais do que três dentes na arcada superior e seis na inferior.

A 3 de dezembro de 1946, dá entrada no hospital de Pontchaillou, em Rennes, onde já estivera internada durante algum tempo após a guerra. Desta feita, diz ela, é “para morrer lá”.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

O padre que salvou grande tesouro cultural iraquiano
com um terço na mão

Frei Najeeb-Michaeel O.P., exibe um dos documentos salvos
Frei Najeeb-Michaeel O.P., exibe um dos documentos salvos
Luis Dufaur
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No dia 6 de agosto de 2014, enquanto os obedientes adeptos do Corão do ISIS (abreviatura em inglês de Estado Islâmico do Iraque e do Levante) avançavam sobre a cidade crista de Qaraqosh – hoje felizmente recuperada – o frade dominicano iraquiano Najeeb Michaeel se afastava a toda velocidade.

Ele conduzia um carro e era acompanhado por um caminhão fretado. Nos dois veículos ia um tesouro que acabou sendo salvo das garras da destruição dos fanáticos islâmicos: 3.500 manuscritos orientais dos séculos X a XIII, contou ele para o jornal “Clarin”.

O sacerdote os tinha tirado de Mosul, que viraria capital dos seguidores de Maomé, inimigos de toda forma de cultura.

A pequena caravana fez um longo caminho entre o pó e o terror. Conseguiu passar por três controles: um dos próprios muçulmanos do ISIS e dois das milícias curdas, essas mais amigáveis.

Por fim, chegou a Erbil, no Curdistão, onde essa valiosa parte da memória da Mesopotâmia ficou a salvo até os presentes dias.

O Pe. Najeeb Michaeel renovou assim, em pleno III milênio, com uma velha e admirável tradição da Igreja Católica.